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A formiga no carreiro

 

 

Constâncio: Este ano não há justificação para cortar salários

 

Vítor Constâncio afirmou em entrevista à CNBC que este ano não existe justificação para ir além de um congelamento dos salários.

"O FMI não está realmente a recomendar cortes, está apenas a referir-se a essa possibilidade", afirmou o Governador do Banco de Portugal em entrevista à CNBC, citado pela Bloomberg, acrescentando que "olhando para este ano, não há realmente uma justificação para ir além de um congelamento [dos salários]".

 

"Veremos. No próximo ano a economia vai registar um crescimento e isso vai ajudar", acrescentou, notando que durante um longo período de tempo Portugal conseguiu crescer mais do que a Europa e Constâncio acredita que "no futuro, vamos conseguir convergir com os parceiros europeus".

 

Vítor Constâncio afirmou ainda que "o esforço de consolidação orçamental terá de chegar em 2011, começando já em 2010" e que "para 2010, creio que é suficiente o que está a ser planeado".

Num relatório dedicado a Portugal, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reiterou esta semana que uma das soluções para resolver o défice português poderá ser a subida do IVA.

 

"Aumentar a taxa do IVA deve ser uma opção se outras soluções falharem", diz o documento do FMI, que considera ser "imperioso" que o Governo desça os rácios da dívida pública, nomeadamente através da contenção dos salários da Função Pública e das transferências sociais.

 

O Orçamento de Estado para 2010 será entregue na próxima terça-feira e o Governo já prometeu que dele vão constar medidas anti-défice. Portugal tem até 2013 para descer o défice orçamental para 3% do PIB. Em 2011 tem de dar provas de que o défice já está a diminuir.
Fonte Económico (aqui)


CIP diz que não há condições para aumentos salariais na função pública

O presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) defendeu hoje não haver condições para aumentos na função pública, sublinhando que a reforma da administração pública não trata apenas de salários e que tem de ser vista "como um todo".

 

"Não [considero que haja condições para proceder a aumentos na função pública] e não somos só nós [CIP] que o dizemos", disse António Saraiva, em declarações aos jornalistas, no final da tomada de posse dos órgãos sociais da CIP, em Lisboa.

No entender do novo presidente da Confederação da Indústria Portuguesa, a reforma da administração pública "tem de se fazer" porque tem estado "adormecida", mas não se pode olhar apenas para os ordenados dos trabalhadores.

 

"Quando se fala na reforma da administração pública que não se veja apenas os salários porque temos a eficiência da máquina, temos ganhos a obter aí, e, por isso, a reforma tem de ser vista como um todo", apontou António Saraiva.

 

Para o presidente da CIP, como a inflação actual é negativa, deve haver "alguma manutenção" do valor salarial, justificando que "os que hoje têm emprego estão com condições melhores" e que a preocupação deve estar não no aumento dos salários, mas do emprego.

 

"Não entendemos que, no quadro actual das nossas finanças públicas, com a moderação e com o bom-senso que não podemos perder, existam condições para aumentos salariais e por isso nós dizemos que deve existir moderação salarial", defendeu.

 

Antes, durante o seu discurso de tomada de posse, António Saraiva deixou alguns recados ao Governo em matéria de carga fiscal e de sistema judicial, apontando como "absolutamente urgente" a criação de condições para que o sistema judicial português "recupere o estatuto de verdadeira credibilidade".

"Apenas uma grande e abrangente mobilização da sociedade em torno desta problemática propiciará o cumprimento desse objectivo", defendeu, dando a garantia de que a CIP está disposta a fazer "esse esforço".

 

Nas palavras de António Saraiva, as empresas industriais são "um dos principais grupos de utentes do sistema judicial e precisam de uma justiça mais célere e mais eficaz".

"Os atrasos dos processos judiciais causam às empresas constrangimentos insuportáveis na tesouraria e geram um sentimento de impunidade com consequências catastróficas na fluidez dos negócios, constituindo um dos maiores obstáculos à concretização de projectos dentro do nosso país", alertou.

 

Já em matéria fiscal, o presidente da CIP apontou que as empresas nacionais "estão exauridas" e não conseguem suportar "qualquer agravamento" da carga fiscal, "nem de impostos, nem de contribuições para a segurança social".

"Mais do que o já consumado adiamento da entrada em vigor do Código Contributivo, é fundamental que seja revisto e equacionado o quadro em que as contribuições, seja de que natureza forem, são exigidas ao tecido produtivo", defendeu António Saraiva.

 

Presente na tomada de posse, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações enfatizou a aposta no investimento.

"Portugal tem neste momento um volume de projectos em carteira prontos a serem implementados e esta é uma oportunidade única, uma vez que é nesta fase de crise nacional e internacional e da necessidade de estímulo económico nas mais diversas áreas que estes investimentos apresentam o seu valor máximo na dinamização das actividades económicas e do emprego", sublinhou António Mendonça.
Fonte i (aqui)


 

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