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A formiga no carreiro

Ministra e sindicatos dos professores voltam a reunir-se na próxima segunda-feira

 

A reunião desta tarde com a ministra da Educação terminou a reunião sem acordo quanto ao futuro do actual modelo de avaliação, pelo que a Plataforma Sindical mantém a greve geral agendada para 19 de Janeiro. Ainda assim, as duas partes voltam a reunir-se na próxima semana, num encontro em que será debatido o Estatuto da Carreira Docente, anunciou Mário Nogueira.

 

Na reunião desta tarde, os sindicatos apresentaram a Maria de Lurdes Rodrigues a sua alternativa para a avaliação dos docentes no corrente ano lectivo e voltaram a exigir a suspensão do modelo proposto pelo Governo – reivindicação que mantêm apesar de o ministério ter apresentado medidas de simplificação.

À entrada para a reunião, a ministra reafirmou, contudo, que “o processo de avaliação vai continuar” e que a sua suspensão “não está em causa” na actual ronda negocial com os sindicatos. Ainda assim, Maria de Lurdes Rodrigues revelou que pediu ao Governo o adiamento da aprovação do decreto que regulamenta a simplificação do actual modelo, num sinal de abertura para as negociações.

 

No final da reunião, o porta-voz da Plataforma Sindical garantiu que o desacordo com a ministra nesta questão foi “absoluto”, uma vez que a tutela “não aceitou um único item da proposta trazida pelos sindicatos”.

 

Assim sendo, anunciou, a Plataforma vai pôr a circular nas escolas, “a partir de amanhã”, uma petição em defesa da suspensão, para ser entregue ao Ministério no próximo dia 22. “Esperamos que dezenas e dezenas de milhares de professores a assinem”, declarou Mário Nogueira, dizendo acreditar que este será "o maior abaixo-assinado que alguma vez os professores portugueses fizeram".

 

Mário Nogueira anunciou ainda que foi decidido manter a greve geral agendada para19 de Janeiro e que será antecedida, no dia 13, por “uma jornada nacional de reflexão nas escolas”. Apesar das divergências, o dirigente sindical adiantou que a Plataforma regressa no próximo dia 15 ao Ministério da Educação para uma reunião "para discutir o que tem a ver com o Estatuto da Carreira Docente".


Maria de Lurdes Rodrigues promete avançar com modelo simplificado

 

Ministra diz que sindicatos não apresentaram "proposta verdadeiramente alternativa"

 

A ministra da Educação disse hoje que os sindicatos não apresentaram “nenhuma proposta verdadeiramente alternativa” para a avaliação dos professores e que aceitar as suas sugestões representaria “um regresso ao passado”, pelo que promete avançar com o modelo simplificado que propôs.

 

“O Governo reforçou a sua convicção quanto à importância de prosseguir com o seu modelo de avaliação, com as medidas de simplificação já anunciadas”, anunciou Maria de Lurdes Rodrigues, acrescentando que será aprovado “brevemente” o decreto que regulamenta as alterações anunciadas há quase três semanas.

 

De acordo com a ministra, a proposta apresentada esta tarde pela Plataforma Sindical “cabe, basicamente, numa folha A4” e contempla sobretudo a auto-avaliação pelos docentes, sem observação de aulas e sem envolvimento da direcção da escola, nem qualquer possibilidade de distinção do mérito, correspondendo, assim, “a um grave regresso ao passado”.

 

“Os sindicatos não apresentaram nenhuma proposta verdadeiramente alternativa para uma avaliação credível dos professores. Era minha convicção no passado, e é agora ainda mais, que nenhuma razão pode ser invocada para se suspender o modelo de avaliação”, acrescentou, admitindo que a divergência com os sindicatos se mantém “grande” no que diz respeito a esta matéria.

 

Reunião na próxima semana para discutir estatuto

Apesar de não ter sido alcançado um acordo sobre a avaliação de desempenho, as duas partes voltam a reunir-se na próxima segunda-feira para discutir o Estatuto da Carreira Docente (ECD).

 

A Plataforma Sindical já avisou que a revisão do estatuto terá de passar pela eliminação da actual divisão da carreira em duas categorias (professor e professor titular), mas a ministra entende que esta divisão “é muito importante”. Lurdes Rodrigues diz, por isso, estar apenas disponível para discutir a forma como esta hierárquica se concretiza, mas garante que não abdica da existência de quotas, pois “os lugares de topo são em menor número do que os de início”.

 

Antes da ministra, Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical revelou que o desacordo com a ministra foi “absoluto” no que diz respeito à avaliação, uma vez que a tutela “não aceitou um único item da proposta trazida pelos sindicatos”. Nesse sentido, os sindicatos decidiram manter a greve agendada para o dia 19 de Janeiro e vão fazer circular, a partir de amanhã, uma petição nas escolas, em defesa da suspensão da avaliação.

Fonte Público (aqui)

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