O poder de compra dos funcionários públicos deverá registar em 2009 o primeiro aumento desde, pelo menos, o início da década. E será também bem mais expressivo - podendo ir até 1,9 pontos acima da inflação - do que as previsões do Governo quando apresentou a proposta de aumento de 2,9% dos salários nominais da Função Pública para o próximo ano.
Não se trata de uma generosidade acrescida do Executivo para com os funcionários do Estado em tempos de crise, é antes a consequência da expectativa de um acentuado abrandamento na inflação, que, segundo os economistas deverá ficar abaixo de 1,5%.
No Orçamento do Estado, a equipa de José Sócrates apresenta uma estimativa de subida da inflação de 2,5% em 2009 o que, a concretizar-se, implicaria um aumento real dos salários de 0,4%. No entanto, a intensa correcção que se observou nos últimos meses nos preços da energia e bens alimentares nos mercados internacionais ditou um abrandamento acentuado da inflação, que se começou a notar em Agosto e que foi bastante expressiva em Novembro, ao cair para 1,4% face ao período homólogo de 2007.
Fonte Jornal de Negócios (aqui)