O Secretário do Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Costa Pina, apresentou o Relatório do Sector Empresarial do Estado (SEE). O evento decorreu no Salão Nobre do Ministério das Finanças e da Administração Pública.
Síntese de Conclusões
1. RESULTADOS
Aumento do Resultado Líquido em 14%* e do Resultado Operacional antes de Subsídios e Indemnizações Compensatórias em 25%*, por via do aumento da rentabilidade porSector.
2. PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA
Produtividade do trabalho no SEE verifica um pequeno aumento (+3,5% a preços correntes e +0,7% apreços constantes), tendo esta evolução ficado aquém da ambição do accionista.
3. CARTEIRA
Número de empresas na carteira do SEE em diminuição, tendo reduzido 7% face a 2005. Redução continuada do peso do SEE no PIB (-10% vs. 2005) e no emprego (-6% vs.2005), quando excluída a Saúde, isolando assim os efeitos de inclusão no SEE de “hospitais-empresa”. Considerando todos os sectores, o peso do SEE no PIB aumentou 5%e no Emprego aumentou 21% facea 2005.
4. INVESTIMENTO E ENDIVIDAMENTO
Aumento da dívida total das empresas públicas não financeiras em ≈3.300 M€,tendo este endividamento sido canalizado para investimento, mantendo-se, assim, o equilíbrio patrimonial.
5. MODELO DE GOVERNO
Modernização do Modelo de Governo do SEE, já implementado nas principais empresas.
6. ESFORÇO FINANCEIRO DO ESTADO
Mesmo num contexto de consolidação orçamental, o Estado aumentou o seu esforçofinanceiro líquido de dividendos em 90%, tendo a Saúde recebido o maior acréscimo deinvestimento do Estado nas empresas não financeiras (mais 150 M€vs. 2006).* Excluindo a PARPUBLICA (isolando assim o efeito das mais valias de privatizações) e a CGD.
Recomendações/ Próximos passos
1. RESULTADOS e 2. PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA
• Necessidade de uma clara segregação de actividades de “Serviço Público”e de actividades “Mercantis”.
A prestação de “Serviço Público”deve ser contratualizadade forma rigorosa e orientada àqualidade e eficiência, e suportada pelo O.E..
Por seu lado, as actividades “Mercantis”devem ser financeiramente auto-sustentadas, e orientadas àrentabilidade.
• Continuação da criação de práticas de gestão rigorosa, suportadas pela monitorização periódica da performance (RCM nº70/2008, de 22 de Abril), pela fixação de objectivos claros e pela avaliação dos órgãos de gestão de acordo com o cumprimento dos mesmos (DL nº71/2007, de 27 de Março)
•Esforço de melhoria do ritmo de crescimento da produtividade do trabalho no SEE
3. CARTEIRA
•Continuação da racionalização da carteira (alienando participações minoritárias em áreas não estratégicas) e prossecução do Programa de Privatizações, à medida que as empresas públicas se vão modernizando e tornando mais competitivas
4. INVESTIMENTO E ENDIVIDAMENTO
•Num contexto de subida das taxas de juro e consolidação orçamental, necessidade de racionalização do investimento e de adequação dos planos de investimento àcapacidade de financiamento das Empresas e do Estado
5. MODELO DE GOVERNO
•Extensão a todas as empresas do SEE das reformas jálançadas nas maiores empresas: novo regime de fiscalização, orientações de gestão e cumprimento de Princípios de Bom Governo
6. ESFORÇO FINANCEIRO DO ESTADO
•Continuação do investimento do Estado para potenciar ganhos de eficiênciae o retorno accionista futuro •Subvenção de actividades de “Serviço Público”de forma transparente e rigorosa
Relatório do Sector Empresarial do Estado (aqui)