Frente Sindical defende aumentos mínimos de 25 euros e repúdia hipósete de congelar salários admitida pelo Governo.
A Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) quer aumentos de 2,9% para os funcionários do estado em 2011.
O anúncio foi feito esta tarde, em conferência de imprensa, pelo coordenador da FESAP, Nobre dos Santos.
“São 2,9% para os salários, garantindo a cada trabalhador, no mínimo, 25 euros, subsídio de refeição em seis euros e ajudas de custas no valor dos aumentos salariais de 2,9%”, explica o sindicalista.
A FESAP segue assim as orientações da UGT, que para o próximo ano reivindica aumentos salariais entre os 2,6% e os 3,2%.
Em relação às outras estruturas do sector a FESAP está a meio. O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado quer 2% e a Frente Comum, da CGTP, um aumento mínimo de 50 euros.
O coordenador da FESAP deixou também clara a posição que poderão vir a tomar, caso o Governo concretize a proposta de congelamento salarial na Administração Pública: “Repúdio profundo por essa atitude e é evidente que nós temos de ter em atenção qual é a posição dos trabalhadores, que não entenderiam esse congelamento unilateral sem haver qualquer discussão com os trabalhadores”, disse Nobre dos Santos.
Outra preocupação da Frente Sindical da Administração Pública é a situação dos pensionistas. A FESAP defende que tenham aumentos, pelo menos, iguais aos dos salários, mas nas mais baixas o aumento deverá ser superior.
A Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) apresentou a sua proposta e vai reivindicar aumentos de 2,9%.
Os sindicatos da Função Pública partem para a negociação com o Governo exigindo aumentos médios de 3%. Agora cabe ao Executivo avançar a sua proposta à mesa de negociações, num cenário em que o congelamento real dos salários já está definido no PEC.
A FESAP revelou ontem que vai pedir actualizações salariais de 2,9%, seguindo o referencial dado pela UGT, central a que pertence. Assim, desde ontem são conhecidas as três propostas das estruturas sindicais com assento na negociação. As exigências salariais da FESAP acabam por ficar num ponto intermédio, mas o sindicato exige aumentos mínimos de 25 euros para todos os trabalhadores. Já a Frente Comum (afecta à CGTP) exige aumentos de 50 euros para todos os trabalhadores, o que corresponde a um aumento médio de 4,3%. Mais comedido, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE, afecto à UGT) pede 2%.
A questão dos aumentos salariais continua a marcar a actualidade, num cenário em que as finanças públicas estão sob pressão. Ontem, o antigo ministro das Finanças, Ernâni Lopes, defendeu até o corte nos salários da função pública, como forma de reduzir o défice orçamental para 2010. "O único ponto em que o Governo poderá reduzir as despesas é baixar os salários, pois não vejo mais margem de manobra", disse o economista, citado pela agência Lusa, à margem da 5.ª Conferência sobre "Os grandes Desafios de Portugal nos Alvores do século XXI", organizada pelo semanário SOL.
Ligação para a notícia aqui:
http://economico.sapo.pt/noticias/funcao-publica-pede-aumentos-medios-de-3_99444.html