Nos hospitais EPE número de trabalhadores passou para 88 mil em 2009. E no último ano continuou a crescer, embora menos.
Após a transformação de muitos hospitais em entidades públicas empresariais (EPE) ao longo dos últimos anos, "o número médio de trabalhadores enquadrados na área da saúde do sector empresarial do Estado mais do que duplicou", indica o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado.
O número de trabalhadores deste sector passou de 40 mil em 2005 para cerca de 88 mil em 2009, com base nos dados que constam do relatório do Orçamento do Estado para 2011 e do INE . Por outras palavras, aquele universo de trabalhadores, que representava 0,8% do emprego passou a representar 1,7% do emprego.
Aquele aumento de quase 48 mil pessoas empregadas na área da saúde do sector empresarial do Estado, sendo que muitas delas deixaram de pertencer à esfera da administração pública, ajuda a explicar o elevado número de "saídas" da função pública.
Foi nos anos de 2006 e 2007 que se registaram os maiores agravamentos, da ordem dos 33%, coincidindo com um maior ritmo de criação de hospitais EPE. Mas no ano passado, o número de pessoal naquele sector continuou a aumentar em torno dos 7%, envolvendo um acréscimo de mais de 5800 trabalhadores.
Tendência inversa tem tido o valor médio das novas pensões dos funcionários, que se cifrou em 1210 euros até Outubro deste ano, menos 84 euros do que em 2008 e menos 51 euros do que no ano passado. Tal deve-se ao elevado número de reformas antecipadas.
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Estado volta a admitir 40% dos trabalhadores que dispensa
Maioria das saídas da Administração Pública deve-se à aposentação. Mas muitos são transferidos para EPE
Há, pelo menos teoricamente, menos funcionários na administração pública. Entre entradas e saídas, houve uma redução de quase 75 mil trabalhadores nos últimos quatro anos. No entanto, isto não significa, por si só, que todos eles tenham deixado de trabalhar para o Estado.
Se a maior parte das saídas se deveu à reforma (64 mil entre 2006 e 2009 - ou seja, 60%), a verdade é que muitas delas se traduziram na transferência de funcionários para o sector empresarial do Estado. A «mudança» afectou sobretudo os hospitais EPE - entidades públicas empresariais - que não entram nas contas como pessoal da função pública.
Os dados da Caixa Geral de Aposentações, compilados pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), mostram que os restantes 40% apenas mudaram de estatuto devido à transformação de organismos públicos em EPE, sobretudo, lá está, na área da saúde.
«A regra de uma entrada por cada duas saídas só foi realmente respeitada nos anos 2006 e 2007», aquando a aprovação do Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado (PRACE), denúncia o Presidente do STE, Bettencourt Picanço, citado pelo DN. E, de facto, foram estes os anos com os cortes mais substanciais (21 mil e 18 mil funcionários, respectivamente).
Ainda assim, devagar, devagarinho, o número de trabalhadores do Estado tem vindo a diminuir. Em 2005, eram 748 mil e actualmente, segundo o relatório do Orçamento do Estado para o ano que vem, são 663.167
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