Francisco Pimentel, que iniciou hoje uma ronda de contactos com os líderes parlamentares e com o presidente da Assembleia Legislativa dos Açores, salientou que as medidas de austeridade têm "penalizado fortemente" os trabalhadores açorianos, frisando que a redução de vencimentos, o congelamento de carreiras e os cortes nos subsídios de férias e de Natal deixaram muitos funcionários "em dificuldades, sobretudo os que auferem vencimentos mais baixos".
O dirigente sindical recordou que há funcionários públicos na região a auferir apenas 485 euros mensais, defendendo a criação de mecanismos de apoio para ajudar estes agregados familiares a combater a crise.
Uma das medidas propostas pelo SINTAP/Açores, que consta do caderno reivindicativo hoje entregue aos deputados regionais, é a revisão do diploma que atribui o subsídio de insularidade, que deveria ter sido reforçado para chegar aos 10 por cento.
"Devia ter havido um esforço maior, no sentido de ajudar a atenuar situações complicadas que hoje se vivem entre alguns trabalhadores da Função Pública", afirmou Francisco Pimentel.
O SINTAP/Açores aproveitou o encontro com os líderes parlamentares açorianos para os alertar também para alguns "incumprimentos" que se verificam na aplicação de diplomas relacionados com a negociação coletiva e com o sistema de avaliação de desempenho da Função Pública.
Os dirigentes do SINTAP/Açores reuniram hoje com representantes da CDU, PSD e CDS/PP e têm reuniões marcadas para terça-feira com os restantes partidos com assento parlamentar.