Mais um dia, mais um adiamento. Os partidos da coligação de governo da Grécia voltaram a adiar a reunião para discutir as condições impostas pela “troika” de credores.
O primeiro-ministro Lucas Papademos esteve a negociar até às quatro da manhã. Continua a não haver acordo sobre as novas medidas de austeridade, que levaram a uma nova greve geral de 24 horas, com os transportes parados e muitos locais turísticos inacessíveis.
Os dirigentes do PASOK, da Nova Democracia e do Laos vão voltar a reunir-se esta quarta-feira.
Diz Ilias Vrettakos, dirigente do principal sindicato da Função Pública: “O que está a acontecer é unicamente para reduzir os custos do governo e arranjar dinheiro para os credores. Ao fazerem isto, estão a limitar o acesso a coisas básicas como a educação, a saúde e a segurança social”.
A polícia não conseguiu impedir algumas escaramuças durante o protesto. Os manifestantes tentaram forçar a barreira policial para entrar no parlamento e, num dos momentos mais fortes, foi queimada uma bandeira da Alemanha.
As condições que a “troika” impõe à aprovação de um novo empréstimo de 130 mil milhões de euros e ao perdão de outros 100 mil milhões incluem a redução do salário mínimo em 20%.