Esta reunião decorreu num ambiente de grande abertura e cordialidade, pese embora a instabilidade, a incerteza e a insegurança existentes nos serviços, em consequência da anunciada reestruturação do Instituto, que irá agregar Centros de Emprego e Centros de Formação Profissional, reduzindo de forma substancial o número de dirigentes.
Este assunto, a par de um conjunto de medidas tomadas pelo Governo no âmbito da Administração Pública, tais como a redução de salários e a suspensão dos subsídios de férias e de Natal, foram matérias que constituíram uma boa parte das preocupações apresentadas ao Presidente do Conselho Directivo.
Segundo o Presidente, o programa de reestruturação do serviço público de emprego, recentemente aprovado, pretende melhorar a eficiência e a eficácia dos serviços, bem como a proximidade e o acompanhamento dos desempregados, criando a figura de gestor de carreira, cujo objectivo será o de melhorar as ofertas de colocação dos desempregados.
Não sendo ainda conhecida a nova Lei Orgânica do Instituto, e tendo em conta que fomos informados que esta poderá ser publicada dentro de duas ou três semanas, verificaremos brevemente e em concreto como se farão as referidas fusões e agregações de Centros de Emprego e Centros de Formação, dando lugar a novas unidades orgânicas, que funcionarão com dotações de pessoal.
Foi-nos ainda garantido que não haverá despedimentos no IEFP e que todos os trabalhadores, já que se encontram em contracto de trabalho em funções públicas, serão necessários tendo em vista o melhor funcionamento dos serviços, não excluindo a possibilidade de alguma mobilidade entre os diversos serviços, sempre no respeito da Lei, ou seja, desde que não represente um acréscimo de mais de oito por cento nas despesas de transporte face ao salário, nem mais de 25 por cento do horário de trabalho.
A este respeito, o SINTAP referiu que esta mobilidade deveria manter-se como até hoje, ou seja, com custos suportados pelo serviço. Apelámos também ao Presidente no sentido de que pressione o Governo para avançar com a resolução das carreiras específicas dos trabalhadores do IEFP, bem como com a gestão e organização do tempo de trabalho.
ACEEP
O IEFP não tem cumprido o Acordo de Carreiras Gerais, apesar de ter já sido concluído o processo negocial do ACEEP. Não se compreende a razão por que está bloqueado na DGAEP, tendo ficado o SINTAP de procurar desbloquear esta situação junto do Secretário de Estado da Administração Pública.
Finalmente, ficou estabelecido nesta reunião o compromisso de se realizarem encontros períodos e trocas de informação, de forma a aprofundar a resolução de problemas tais como os relativos à saúde, higiene e segurança no trabalho, ficando o apelo ao Sr. Presidente no sentido de iniciar o processo eleitoral.
Em relação ao SIADAP, visto que estão ainda por concluir alguns processos de avaliação, apontámos para a necessidade de que rapidamente seja resolvido este conjunto de situações penalizadoras para os trabalhadores.