Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

A formiga no carreiro

No ano passado, as pensões atribuídas aos trabalhadores que se reformaram antes 63 anos sofreram uma penalização média de 12,9%.


Os quase onze mil funcionários públicos que se reformaram o ano passado antes da idade legal exigida perderam, em média, 166 euros mensais no valor da sua pensão, revelam dados do Ministério das Finanças solicitados pelo Diário Económico.

De acordo com a mesma fonte, a penalização média das pensões antecipadas pagas em 2011 pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) foi de 12,9%. Tendo em conta que, segundo o Ministério das Finanças, a pensão média o ano passado foi de 1.284 euros, os funcionários que decidiram deixar a sua vida activa antes dos 63 anos perderam em média 165,6 euros por mês.


A penalização por cada ano de antecipação face à idade legal exigida em 2011 (63 anos) é de 6% ao ano (0,5% ao mês), o que significa que estes funcionários públicos perderam dinheiro ao ficar a pouco mais de dois anos da idade exigida.

O valor do corte na pensão verificado em 2011 foi, no entanto, menor do que o registado em 2010, ano em que a penalização média nas reformas antecipadas foi de 13,9%, ou seja, 172 euros, segundo dados revelados na altura pelo Governo socialista. Questionada sobre a razão para esta evolução, o Ministério das Finanças não quis avançar com nenhuma explicação. 


O Ministério da Administração Interna assegura que o encerramento “completo” de todos os governos civis do país, logo após o fecho das contas de 2011 em cada uma das 18 estruturas, acontecerá durante o mês de Abril.

A garantia foi avançada pelo secretário de Estado Adjunto do ministro da Administração Interna, Juvenal Peneda, acrescentando que o “fecho de contas” será feito até ao final de Março. 

“Imaginamos que vai ser possível o fecho completo dos governos civis durante o mês de Abril”, disse o governante. 

Desde Janeiro que os antigos secretários, um por cada governo civil, são os únicos em funções, precisamente para fecharem as contas de 2011, sendo os salários suportados pela secretaria-geral do MAI. 

Com este encerramento, a PSP vai ocupar pelo menos cinco dos 18 edifícios até agora utilizados pelos governos civis, como são os casos de Braga, Portalegre e Setúbal, reconvertidos para comandos distritais daquela força. 

No caso das instalações da Guarda e de Vila Real, os edifícios serão partilhados entre PSP e as delegações locais do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). 

Já em Coimbra e Faro os edifícios serão ocupados apenas pelo SEF, enquanto em Santarém esta força vai partilhar o espaço com a GNR. 

O secretário de Estado garantiu que a ocupação destes edifícios pela PSP e GNR vai representar uma “significativa poupança” ao evitar novas obras para cada um destes comandos distritais. “Segundo os arquitectos, algures entre 10 a 20 milhões de euros cada. O facto de afectar as instalações é uma poupança muito significativa”, sublinhou Juvenal Peneda. 

Em Beja, Castelo Branco, Viseu e Leiria, além do SEF, as instalações serão ocupadas também pela Autoridade Nacional de Protecção Civil.

No edifício até agora ocupado pelo Governo Civil de Viana do Castelo está previsto o alargamento do espaço utilizado pela Autoridade Nacional de Protecção Civil, mas ainda está em aberto a possibilidade de uma parte ser ocupada como sede da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho. 

Contudo, segundo o governante, “em todas as instalações dos governos civis, o gabinete do governador e o salão nobre ficarão intactos” e “disponíveis” para actos oficiais do Governo, das autarquias ou mesmo para reuniões de trabalho dos deputados de cada distrito. 

A reconversão destes edifícios para as novas funções, assim como a reafectação dos 263 funcionários para outras funções arrancou em Janeiro.

 

No último trimestre do ano passado, as empresas que recorreram a esta via para despedir aumentaram o desemprego em 16,7 mil pessoas.

 

Os despedimentos colectivos estão a crescer a um ritmo alucinante em Portugal. No primeiro trimestre de 2001, 157 empresas entraram com pedidos desta natureza, contra as 114 que solicitaram o mesmo apenas no mês de Janeiro deste ano. O total de trabalhadores envolvidos nos primeiros três meses do ano passado foi de 7951, enquanto em Janeiro já ia nos 7335.

Também no primeiro mês deste ano, 11878 trabalhadores de 108 empresas ficaram sem trabalho por esta via, contra os 6771 dos primeiros três meses do ano passado. E se todos os processos tivessem sido concluídos no primeiro mês deste ano, o número de despedimentos colectivos teria subido para as 12,6 mil pessoas.


O fenómeno agravou-se substancialmente ao longo do último ano e a tendência é para piorar. No primeiro trimestre de 2011, registou-se a conclusão deste tipo de processos em 143 empresas, o que lançou no desemprego 6771 trabalhadores. No último trimestre, o número de empresas a recorrer a este instrumento tinha subido para 229, deixando sem trabalho 16723 pessoas.

Os dados foram ontem divulgados pelo Ministério da Solidariedade e Segurança Social e referem também que em Janeiro deste ano existiam 119 357 famílias e 318 068 beneficiários a receber o rendimento mínimo de inserção social. Mas os números da crise não se ficam por aqui. Outra mudança significativa foi a evolução da percentagem de trabalhadores a receber o ordenado mínimo nacional. Em 2007, 6% dos empregados por conta de outrem recebiam este valor. Já em 2010, a percentagem tinha subido para 10,5%. Recorde-se que nesse ano o valor era de 475 euros. Os últimos números conhecidos sobre a remuneração mensal base são de Outubro de 2010, e fixam-na em 942,4 euros, contra os 918,2 euros do mesmo mês de 2009.


CONVENÇÕES COLECTIVAS.

Em Janeiro deste ano foram fechadas seis convenções colectivas de trabalho, que abrangeram 92 405 trabalhadores, contra as nove registadas em período homólogo do ano passado, que melhoraram as condições de trabalho de 155 088 empregados por conta de outrem O que na prática significa que as associações patronais não concederam quaisquer aumentos salariais este ano nem concederam outro tipo de contrapartidas que costumavam dar em troca de menores subidas dos salários. A restauração e similares foi o sector que negociou a convenção colectiva que mais trabalhadores envolveu, 66 487, e que representaram 72% do total.


O número de prestações familiares concedidas também caiu significativamente entre Janeiro de 2011 e Janeiro de 2012. Os abonos de família passaram de 1 187083 para 1 142 944, as prestações a crianças e jovens deficientes decresceram de 70 995 para 68 321 , o subsídio de educação especial caiu de 4 874 para 4 047 e o subsídio de assistência a uma terceira pessoa foi reduzido de 12 227 para 11 961. A única inversão ligeira desta tendência verificou-se no subsídio vitalício, que passou a abranger 12 526 pessoas, contra as 12 386 de Janeiro de 2011.


Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2015
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2014
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2013
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2012
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2011
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2010
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2009
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2008
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2007
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D