Um dos pilares do memorando português, a reforma da administração pública, tem tido alguns atrasos compreensíveis, diz a Comissão Europeia.
Durante o 'briefing' sobre os resultados da terceira revisão ao programa, o vice-director da missão da Comissão frisou que "a reforma na administração pública é muito importante, mas também muito complicada".
"Houve alguns atrasos", reconheceu Peter Weiss, "mas que achamos serem justificados, dada a dificuldade [da reforma]".
UE admite que corte de subsídios pode ficar para sempre
13º e 14º meses deviam voltar a ser pagos a funcionários públicos e pensionistas em 2014. Mas tal pode não acontecer
A Comissão Europeia admite a possibilidade de tornar o corte de subsídios de férias e Natal na função pública permanente.
Questionado pelos jornalistas sobre a hipótese, Peter Weiss, um dos chefes de missão da troika que acompanha Portugal, não descartou a possibilidade de os 13º e 14º meses desaparecerem de vez.
«Teremos de ver se se tornará permanente ou não. Mas isso agora ainda não foi discutido», assegurou o responsável da direção-geral de Assuntos Económicos e Monetários da Comissão Europeia.
Weiss apresentou esta terça-feira de manhã em conferência de imprensa as conclusões da terceira revisão do programa de ajustamento português.
Recorde-se que os funcionários públicos e pensionistas viram suspenso o pagamento dos subsídios de férias e Natal este ano e em 2013 (enquanto durar o programa de assistência financeira internacional ao país). Ou seja, os subsídios deveriam ser repostos em 2014, mas existe a possibilidade de já não voltarem.