Descidas vão dos 3,3 aos 10%
O Governo regional de Madrid aprova esta quinta-feira um corte de 3,3% nos salários dos funcionários e de 10% nos salários dos altos dirigentes regionais. A medida faz parte de um pacote de austeridade que se soma a outros já aprovados noutras regiões autónomas espanholas.
A juntar a isto, está ainda planeada uma redução na jornada laboral (e salário) dos trabalhadores interinos de setores que não sejam de atenção direta.
Os subsídios mensais de até mil euros para os altos cargos que compatibilizem funções (conselheiros e deputados, por exemplo) também desaparecerão.
A medida abrangerá ainda, a partir da próxima legislatura, um corte no número de deputados da assembleia regional (de 129 para 65) e a obrigatoriedade da reforma para os funcionários do setor da saúde quando cumpram 65 anos.
Na calha, ainda que não com implementação imediata, estão novos impostos e a introdução de portagens em algumas das estradas de gestão regional, escreve a Lusa.
O objetivo é cortar 800 milhões de euros adicionais no orçamental regional, corrigindo assim o deslize no défice de 2011 que passou do inicialmente previsto 1,12 para 2,2% do PIB, conseguindo alcançar este ano a meta de 1,5%.
Estas reduções inserem-se em cortes globais de cerca de 18 mil milhões de euros em todas as comunidades autónomas espanholas, muitas das quais já aplicaram também cortes nos salários dos seus funcionários e novos impostos.
A maior fatura é a da Andaluzia que, entre receitas adicionais e cortes de despesa, terá que somar 3.500 milhões de euros na consolidação orçamental.
Segue-se a Catalunha, que aprovou um plano económico e financeiro de 2.491 milhões de euros (1.106 de cortes nas despesas e 1.395 de aumento de receitas), Valência com um corte de 2.260 milhões de euros (e menos 4.000 funcionários) e Castela la Mancha que terá que reduzir 1.665 milhões de euros (tendo feito várias reduções orçamentais.
Os cortes noutras comunidades são de centenas de milhões de euros cada, com medidas como a alienação de imobiliário, fecho de serviços públicos, reduções salariais e novas taxas e impostos.