Os funcionários públicos federais em greve no Brasil realizam na terça-feira uma manifestação nas principais cidades do país, com a intenção de pressionar o governo nas negociações salariais.
Todos os 25 estados, além do Distrito Federal, deverão aderir ao protesto.
No Rio de Janeiro, a manifestação foi marcada para as 10:00 locais (14:00 de Lisboa), na praça da Cinelândia, no centro da cidade, com a previsão de reunir aproximadamente 3.000 pessoas.
No protesto são esperados funcionários de diferentes níveis e departamentos, incluindo representantes do setor de saúde e professores universitários, além de trabalhadores de instituições públicas como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Museu do Índio.
Em São Paulo, a concentração começa pelas 14:00 locais (18:00 de Lisboa), em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo), com a adesão de professores de escolas técnicas, funcionários dos setores judiciário e de saúde federal, bem como de agências reguladoras e do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).
A mobilização contará ainda com o apoio de estudantes e trabalhadores da General Motors (GM) de São José dos Campos, ameaçados de demissão.
Em comunicado, os sindicatos dos funcionários federais do Rio de Janeiro e São Paulo protestam contra a "falta de habilidade" da Presidente brasileira, Dilma Rousseff, em lidar com os grevistas, e principalmente contra a sua postura "intransigente".
Na semana passada, a Presidente assinou um decreto para garantir a prestação de serviços públicos federais em caso de greve. O texto autoriza os ministérios a firmar convénios com estados e municípios, abrindo a possibilidade de contratação temporária de novos empregados.
Já a proposta feita aos professores universitários, também na semana passada, foi vista pelos grevistas como uma tentativa de "dividir" o movimento, para os separar da paralisação.
Os docentes, no entanto, consideraram a proposta "insuficiente" e decidiram permanecer em greve.