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A formiga no carreiro

Presidente do IPMA

 

O SINTAP reuniu no passado dia 24 de Julho com o Presidente do IPMA,IP (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), tendo em vista a análise das dificuldades resultantes do atraso no processo de fusão dos organismos que deram lugar a este novo organismo.

 

Depois da publicação do Decreto-Lei 68/2012, de 20 de Março, que aprova a orgânica e funde neste Instituto o Instituto de Meteorologia (IM), o Instituto Nacional de Recursos Biológicos (INRB), o Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) e o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), falta agora aprovar e publicar os estatutos, o que acontecerá previsivelmente em Agosto.

 

Assim, o IPMA,IP ficará com mais de 500 trabalhadores no seu novo mapa de pessoal, dos quais cerca de 300 serão oriundos do ex-IM, incluindo os observadores das estações sinópticas, e os restantes dos demais organismos objecto de fusão, tudo levando a crer que não haverá excedentários, já que os trabalhadores que saíram, na sua maioria para a aposentação, não foram substituídos.

 

Existem, isso sim, notórias faltas de pessoal, pelo que o Conselho Directivo já solicitou à tutela a possibilidade de admissão de cerca de 20 novos trabalhadores para suprir as faltas nos aeroportos das Flores e do Corvo nos Açores e doPorto SantonaMadeira, um trabalhador em cada um deles, sendo que os restantes deverão ser recrutados internamente no território continental.

 

Colocámos ainda o problema do pagamento do trabalho suplementar autorizado e que estáem dívida desde Janeirode 2012, tendo-nos sido dito que o pagamento será feito logo que os orçamentos de 2012 e 2013 estejam regularizados com a entrada em pleno funcionamento do IPMA.

 

Deixámos também clara a nossa preocupação quanto à formação na área da aeronáutica, esperando que brevemente sejam dadas respostas concretas para esta situação, até porque nos foi transmitido que estão já reunidas algumas condições para a sua operacionalização.

 

As matérias relacionadas com a formação poderão integrar o ACEEP que estava praticamente concluído para o ex-IM e que agora poderá vir a ser alargado a todos os trabalhadores do novo IPMA, podendo ainda ser criadas condições para uma melhor gestão e organização do tempo de trabalho em todas as áreas e sectores, bem como a regulação dos serviços minimos em caso de greve, cuja a proposta já foi entregue.

 

Ficou também a promessa de avaliação do problema das carreiras ligadas ao sector do mar, bem como de resolução rápida do problema do estacionamento no aeroporto de Lisboa para os trabalhadores que ali desempenham funções, sendo que este era um problema desconhecido tanto do Presidente como da responsável dos recursos humanos do IPMA,IP.

 

Todos estes problemas serão reanalisados na próxima reunião, que terá lugar, em princípio, no dia 6 de Setembro, logo após a publicação dos estatutos.

Na sequência do pedido de reunião formulado pela FSUGT, tendo em vista a análise das questões específicas relativas aos trabalhadores da educação, nomeadamente técnicos superiores, assistentes técnicos e assistentes operacionais, foi marcada reunião com o Director Geral da Administração Escolar para  24 de Julho, nas instalações da Direcção Geral.

Para os sindicatos da UGT que representam estes trabalhadores, é urgente a definição de conteúdos funcionais específicos para os técnicos superiores, assistentes técnicos e assistentes operacionais da educação, bem como ainda a clara delimitação de competências das autarquias e das escolas, no que diz respeito à gestão destes profissionais da educação, e o fim do recurso que tem sido sistemático a trabalhadores indiferenciados para o serviço de apoio educativo nas escolas, em substituição da contratação, com carácter definitivo, de trabalhadores para este sector, com formação adequada para o efeito; o estabelecimento de regras imperiosas sobre o exercício do direito à formação contínua para todos os técnicos superiores, assistentes técnicos e assistentes operacionais da área da educação.

 

Foi perguntado ao Dirigente qual a posição do Governo relativa à transferência de competências em matéria de educação para os Municípios. Lembramos que esta transferência foi acordada com o último Governo e estimava-se que gradualmente todos os municípios subscrevessem o contrato de execução. No entanto, o número de autarquias locais que aderiram fica-se perto da centena.


Ainda no tema da descentralização de competências, inquiriu-se o governante sobre a manutenção, a avaliação ou até mesmo o abandono deste modelo. Recordou-se que existem diversos atritos nas escolas onde a transferência foi acordada, uma vez que ainda não ficaram claros os limites que os directores escolares e a edilidade têm em matéria de gestão e avaliação dos trabalhadores.

Neste ponto convém referir que o Subdirector-geral concorda com a posição sindical, em manter a gestão e a avaliação na escola. Desta forma evitaram-se os actuais constrangimentos na gestão quotidiana dos estabelecimentos de ensino.

 

O representante do Governo foi questionado sobre o estado do concurso de ingresso para os trabalhadores que estão em contracto administrativo de provimento nas escolas, que parece estar suspenso depois da prova de conhecimentos. Relativamente a este assunto, mostrou desconhecimento da situação e comprometeu-se a pedir esclarecimentos ao Ministro.

 

Sobre a extinção e fusão de escolas, os sindicatos ficaram com a garantia de que nenhum trabalhador seria colocado em mobilidade especial, no entanto, todos aqueles que pretendessem poderiam ser afectados a outros serviços através das regras de mobilidade geral.

 

Nesta reunião estiveram presentes representantes dos STAAE´S, SINTAP, SINAPE e SINDEP.

Vários sindicatos estão a estudar formas de contestar a suspensão dos subsídios.

Vários sindicatos da Função Pública estão a estudar formas de exigir o pagamento dos subsídios de férias e de Natal suspensos este ano. "Vamos fazer tudo o que for possível: recorrer aos tribunais, pedir pareceres a constitucionalistas para que fique tudo esclarecido e para que seja retomado o princípio da confiança e da segurança jurídica", afirmou ao Diário Económico José Abraão, da Frente Sindical (Fesap).


O dirigente considera que "muita água vai ainda correr debaixo da ponte", mas mostra-se optimista quanto à possibilidade de os subsídios deste ano serem pagos. Isto apesar de a decisão de inconstitucionalidade, pelo Tribunal Constitucional (TC), só ter efeitos a partir de 2013. Porém, o constitucionalista Rui Medeiros, em entrevista ao Jornal de Negócios, afirmou que é provável que os tribunais venham a decretar o pagamento do subsídio de Natal este ano a trabalhadores que contestem.

José Abraão conta que já antes de ser conhecida a posição do TC, existiam várias acções a decorrer em tribunal, "colocadas em termos individuais e também por sindicatos e que ainda não foram julgadas". Agora, as expectativas aumentaram. 

A OCDE considera que, "no médio prazo", o Governo terá de elevar os salários dos funcionários públicos qualificados. Só assim será possível tornar atractivo o trabalho na Função Pública, numa altura em que a "capacidade do Governo implementar políticas depende crucialmente da capacidade dos seus funcionários", alerta.

“A capacidade do governo implementar políticas depende crucialmente da capacidade dos seus funcionários. A urgência necessária para consolidar a posição orçamental significa cortes substanciais de pessoal e de salários ao mesmo tempo que aumenta a carga de trabalho”, diz a OCDE. “Além disso, os salários dos trabalhadores qualificados em áreas como o direito ou economia já estão significativamente mais baixos do que no sector privado antes da crise, enquanto os trabalhadores menos qualificados são pagos com um prémio relativamente ao sector privado”, afirma a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) no "Economic Survey" publicado esta quinta-feira.

"É um problema difícil, porque as contas públicas estão em dificuldades mas, para o Estado ser eficaz a implementar as suas políticas, o que é obviamente crucial para toda a economia, necessita de pessoas muito qualificadas", afirmou à Lusa David Haugh, principal responsável pelo Relatório sobre a Economia Portuguesa, hoje divulgado.

“A margem de manobra actual do Governo é extremamente limitada, mas, no médio prazo, as tabelas salariais devem ser aumentadas e devem ser introduzidos contratos individuais mais flexíveis” para os especialistas, de acordo com o relatório.

"Pensamos que não é algo que possa ser resolvido no curto prazo, porque o Governo tem outras prioridades e tem de restabelecer a credibilidade orçamental. A margem para aumentar ordenados agora é praticamente zero", acrescentou Haugh em declarações à agência de informação nacional.

"Mas, no outro extremo salarial, o Governo está a pagar um prémio aos trabalhadores menos qualificados, e devia tentar reduzir isso, porque acaba por fazer pressão sobre o sector privado e criar problemas de competitividade."

“Aumentar as tabelas salariais vai levar a que a remuneração do sector público fique mais em linha com o sector privado, o que ajudará o governo a continuar a atrair e a manter mão-de-obra altamente qualificada”, adianta.

Haugh considera, no entanto, que a questão não se põe apenas a nível de salários. "É também uma questão de flexibilidade contratual, porque alguns [funcionários] podiam trabalhar em 'part-time' para o Estado, quando não haja questões de incompatibilidade", disse o economista-chefe para Portugal da OCDE. "No caso de um académico que não quisesse deixar o seu posto, o Estado pagaria apenas três dias por semana, por exemplo."

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