O secretário-geral da UGT, João Proença, defendeu hoje que nada justifica mais medidas de austeridade em 2012 e sustentou que não é possível manter "uma política cega" de congelamento de salários e pensões.
"A nossa mensagem ao Presidente da República foi clara. Nós achamos que não pode haver mais medidas de austeridade. Nada justifica", afirmou João Proença, à saída de uma audiência com o Presidente da República, Cavaco Silva, no Palácio de Belém.
João Proença transmitiu ainda ao Presidente da República que, na opinião da UGT, "não é possível continuar uma política cega de congelamento de salários e pensões", defendendo que o Governo deve promover o crescimento através do investimento para resolver os problemas orçamentais.
Questionado sobre um eventual alargamento do corte de subsídios ao setor privado, João Proença reafirmou que "nada justifica qualquer medida em 2012".
"Nada justifica qualquer medida em 2012. Relativamente a 2013, é uma medida que tem que ser discutida com equilíbrio e justiça social. Dizer que desaparecem cortes na administração pública e agora que vão introduzir-se cortes na administração pública e privado é totalmente inaceitável. Tem que haver preocupação com a justiça social", reiterou.