A Fesap propõe ao Governo aumentos salariais “com valor idêntico ao da inflação esperada”, cuja última previsão aponta para 2,8%.
No seu caderno reivindicativo para 2013 que será hoje entregue ao Governo, a Federação Nacional de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) defende que "apesar das restrições" e "dentro do possível, tem de ser feito um esforço de salvaguarda do poder de compra aos trabalhadores exigindo, apesar de tudo, uma actualização salarial para 2013 com valor idêntico ao da inflação esperada".
Segundo as contas da federação sindical, nos últimos anos, a administração pública perdeu 21% do seu poder de compra "por força das políticas e das medidas restritivas" seguidas pelos vários governos.
Recorde-se que também o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) já apresentou as suas reivindicações para o próximo ano, exigindo a anulação dos cortes salariais médios de 5% que estão em vigor na administração pública desde 2011 e que o Governo já disse que se irão manter até ao fim do programa de ajustamento financeiro.
Os sindicatos exigem ainda que o subsídio de refeição passe a ser de 5 euros, contra os actuais 4,27 euros, bem como o fim do congelamento das progressões na carreira.
Os dirigentes das estruturas sindicais sentam-se amanhã à mesa das negociações com o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino.