Sector empresarial não poderá adaptar a norma que dita reduções salariais entre 3,5% e 10%.
Os cortes salariais entre 3,5% e 10% para salários superiores na Função Pública vão manter-se em 2013 e serão alargados às empresas públicas, entidades públicas empresariais e entidades que integram o sector empresarial local e regional. Ou seja, no próximo ano, o sector empresarial do Estado não poderá fazer adaptações à norma que obriga à redução remuneratória na Função Pública. Conheça as medidas principais para os trabalhadores do Estado.
1 - Cortes salariais
Segundo a proposta preliminar do OE para 2103, a redução salarial aplicada à Função Pública será alargada "aos trabalhadores das empresas públicas de capital exclusiva ou maioritariamente público, das entidades públicas empresariais e das entidades que integram o sector empresarial regional e municipal". Ou seja, ao contrário do que aconteceu este ano, por exemplo, na TAP, na Caixa Geral de Depósitos ou nos CTT, que fizeram adaptações à norma, as empresas públicas terão de aplicar este ano a norma tal como está, que dita reduções entre 3,5% e 10% para salários superiores a 1.500 euros e cortes de 10% para remunerações acima de 4.165 euros.
2 - Avaliação
Também há alterações ao sistema de avaliação de desempenho no Estado (SIADAP). Os dirigentes da administração Pública passam a ser avaliados de três em três anos ou de cinco em cinco "de acordo com a duração da sua comissão de serviço". A avaliação dos trabalhadores será bianual e a dos serviços mantém-se anual. Porém, o desempenho dos dirigentes "é objecto de avaliação intercalar" e os efeitos da avaliação (progressões) é realizada de dois em dois anos.
3 - Progressões congeladas
O Governo vai manter o congelamento de progressões e de prémios de desempenho na administração pública. As subidas na carreira através de concurso também serão proibidas.
4 - Redução de contratados
A proposta integra a medida que prevê a redução em 50% dos co tratados a prazo ou com nomeação transitória.
5 - Horas extra
O valor das horas extra em dia normal de trabalho cai novamente para metade no caso de funcionários que trabalham até sete horas diárias. As horas extra em dia de descanso ou feriado passam a render mais 25%, e não 50%, como até aqui.
6 - Baixas por doença
As baixas por doença deixam de ser pagas a 100%. A proposta do OE aponta para um corte de 10% no valor da baixa e prevê ainda que o direito ao pagamento só exista depois de três dias de faltas, como no sector privado.
7 - Subsídios repostos
Os funcionários públicos que perderam os dois subsídios vão receber um de volta em 2013, diluído em 12 meses, enquanto os pensionistas recebem 1,1 subsídios. O corte será progressivo para quem ganha entre 600 e 1.100 euros. Ainda assim, estão previstas medidas de agravamento fiscal que poderão anular o efeito da reposição.
8 - Mais descontos
A base sobre a qual incidem os descontos dos trabalhadores do Estado será alargada, seguindo o exemplo do praticado no sector privado (Segurança Social. Passará a incluir parcelas como horas extraordinárias e suplementos.