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A formiga no carreiro

Para reduzir despesas, um estudo do Governo defende que as bases de dados da administração pública devem ser guardadas por uma entidade privada numa nuvem tecnológica.


De acordo com a edição de hoje do Diário de Notícias, estas bases de dados incluem os arquivos de informações classificadas e os segredos de Estado, que serão guardados numa nuvem tecnológica em servidores pertencentes a empresas privadas.

É nestes computadores que os dados mais sensíveis do Estado Português poderão ficar alojados. O Diário de Notícias teve acesso ao relatório que aponta o caminho para a racionalização dos centros de Dados da Administração Pública, um documento que apresenta três potenciais soluções.


A mais vantajosa, diz o relatório, é uma solução tecnologicamente nova, gerida por uma empresa privada.

Foi há cerca de duas semanas que o documento chegou às mãos de responsáveis dos serviços de informações e da segurança nacional que até então não tinham sido ouvidos. E foi aí, que o alarme começou a fazer-se ouvir. É que guardar informações sensíveis em servidores que não pertencem ao Estado, é uma prática altamente desaconselhada pela Agência Europeia para a Segurança da Informação.

O Diário de Notícias contactou o gabinete de Miguel Relvas, o ministro da tutela, que confirma que o estudo existe, mas que se trata apenas de um documento de trabalho. No entanto, o jornal garante que fontes ouvidas pelo diário, dizem que o documento foi apresentado como definitivo e o modelo está decidido.

 

Tanto a Presidência do Conselho de Ministros, como os ministérios da Educação, da Administração Interna e da Saúde, estão a fazer um levantamento das bases de dados existentes.

A título de exemplo é a Presidência do Conselho de Ministros, que guarda as bases de dados do Sistema a de informações da república e do Gabinete nacional de segurança. É por ali que passam documentos da NATO e das União Europeia, entidades que não permitem que outra entidade, que não o Estado proteja esses documentos.


Perto de 200 bombeiros profissionais manifestaram intenção de se desvincular da função pública para emigrar, devido a dificuldades económicas, disse hoje à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP).


Fernando Curto adiantou que, entre 150 a 200 bombeiros, pediram ajuda a ANBP para se desvincular da função pública para irem trabalhar para o estrangeiro, uma vez que muitos viram o vencimento reduzido em cerca de 200 euros, além da falta de emprego do cônjuge. 

Segundo o presidente da ANBP, em alguns casos, os bombeiros profissionais viram o seu rendimento mensal passar dos 750 para os 570 euros, o que contribuiu para a perda de habitações por falta de pagamento e o incumprimento em encargos com a creche dos filhos. 

Fernando Curto manifestou-se preocupado com esta situação, que considerou grave, tendo em conta que são bombeiros com mais dez anos de serviço e com formação. 

A esta intenção de emigrar dos bombeiros profissionais junta-se a “falta de efectivos das corporações”, estimada em cerca de 1.500, e da “sobrecarga de trabalho a que estão sujeitos, sem que lhes sejam pagas centenas de horas extraordinárias”. 

De acordo com o também presidente do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP), apenas são pagas 60 por cento das horas extraordinárias 

Nesse sentido, os bombeiros profissionais exigem um regime de excepção para novas admissões e progressões nas carreiras, idêntico ao da PSP, e uma regulamentação do horário de trabalho, como aconteceu com os médicos. 

Fernando Curto adiantou que o trabalho dos bombeiros profissionais é idêntico aos dos médicos, pelo que exigem a indexação das horas extraordinárias ao vencimento base e uma revisão do horário de trabalho semanal. 

Para exigir uma resposta às reivindicações apresentadas, a ANBP e o SNBP têm marcado uma manifestação nacional para 20 de Novembro, entre o Terreiro do Paço e a Assembleia da República. 

A ANBP e SNBP têm também convocada uma greve de bombeiros profissionais em todo o país para 27 de Novembro, além de já terem apelados aos associados para se juntarem à greve geral de 14 de Novembro. 

Fernando Curto disse ainda à Lusa que a greve de 27 de Novembro poderá ser desconvocada, caso o Ministério da Administração Interna responda às reivindicações. 

Em Portugal existem cerca de nove mil bombeiros profissionais entre sapadores, municipais, “canarinhos” e funcionários dos bombeiros voluntários.


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