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A formiga no carreiro

ADSE

Confrontado com as alterações extemporâneas e injustificadas à tabela de benefícios da ADSE, o SINTAP rejeita qualquer agravamento no que diz respeito aos pagamentos a efetuar pelos beneficiários.

 

Tendo em conta que num relatório divulgado em 2015, é o próprio Tribunal de Contas quem refere que a saúde financeira da ADSE, consubstanciada num saldo orçamental positivo, faz com que seja excessiva a contribuição de 3,5% do salário paga exclusivamente pelos trabalhadores, não é aceitável que, para operar estas alterações sejam utilizados argumentos que se baseiam na necessidade de racionalidade e de sustentabilidade deste subsistema de saúde e da sua relação com os prestadores convencionados.

 

O SINTAP condena veementemente que, em cima do violento aumento das contribuições mensais, os beneficiários tenham de pagar mais do que pagam atualmente por alguns atos e procedimentos cirúrgicos.

 

Estas alterações tornam-se tanto mais extemporâneas se tivermos em conta que, à margem dos representantes dos trabalhadores e dos beneficiários, o Governo criou uma comissão especializada tendo em vista o estudo e a apresentação de soluções, inclusivamente estatutárias, para o futuro da ADSE, sendo que ainda não terminou o prazo dado para essa apresentação (supostamente o próximo mês de junho), e já estamos a assistir a alterações.

 

Não obstante existirem alterações que são favoráveis aos beneficiários, o SINTAP não pode aceitar que medidas outrora criticadas por penalizarem os seus orçamentos familiares, sejam agora postas em prática, obrigando-os, mais uma vez, a esforços financeiros suplementares, enquanto as regiões autónomas estão a reter dinheiro dos beneficiários e as autarquias têm uma poupança de cerca de 70 milhões de euros que passaram para a responsabilidade da ADSE.

 

O SINTAP espera que as reuniões que solicitou ao Ministro da Saúde e ao Diretor-geral da ADSE possam realizar-se muito brevemente e que quaisquer alterações que venham a ser efetuadas nas tabelas de benefícios sejam alvo de negociação, sob pena de considerarmos, desde já, a realização de todas as formas de luta ao nosso alcance para defender uma ADSE que é dos beneficiários, trabalhadores e aposentados, sendo abusivas as alterações feitas completamente à margem dos interessados.

 

O SINTAP lutará por uma ADSE pública, alicerçada nas contribuições dos trabalhadores e dos empregadores públicos, recusando a imposição de alterações às tabelas de benefícios ou outras de natureza estatutária.

 

Lisboa, 13 de maio de 2016

Há actos médicos que vão começar a ser pagos e outros cujo valor será menor. Director-geral do subsistema de saúde da Administração Pública garante que assim os beneficiários estão mais protegidos.
 
 

Existem novas tabelas na ADSE que, em alguns casos, se vão traduzir em menores custos. Noutros, pelo contrário, o utente terá de pagar um acto que até aqui não pagava.

É o caso das próteses colocadas em cirurgias realizadas nos hospitais privados. “Paga 20% do valor da prótese até ao valor máximo de 200 euros”, avança à Renascença o director-geral da ADSE, Carlos Baptista.

“Se a prótese 60 mil euros, paga 200 euros, se custar 200, paga 40”, exemplifica, justificando a alteração com a necessidade de “critérios de racionalidade”. “Como estes valores não eram pagos pelos beneficiários, a tendência de alguns operadores era facturar próteses de valor superior àquilo que é normal”, adianta.

Noutros casos, os beneficiários vão pagar menos, como nos exames de TAC e ressonâncias magnéticas.

“Das quatro alterações que a ADSE introduziu recentemente no regime convencionado, os beneficiários vão ter um menor custo, apesar de algumas rubricas poderem pagar ligeiramente mais do que na situação actual. Foram introduzidos critérios de racionalidade económica, para dar alguma sustentabilidade ao sistema e para defender os beneficiários”, afirma Carlos Baptista.

“Ao mesmo tempo, fixou-se um preço para actos cirúrgicos em ambulatório, que antes eram facturados à linha e agora fixou-se um preço e o beneficiário paga uma percentagem desse preço e não da factura apresentada pelo hospital”, acrescenta.

O melhor mesmo é consultar a nova tabela e as quatro alterações essenciais – com as quais a ADSE deverá poupar quatro milhões de euros por ano, enquanto hospitais privados devem perder cinco milhões, segundo os cálculos do director-geral do subsistema.

Na prática, são quatro as alterações: a redução ligeira do preço dos exames de TAC, a redução de cerca de 13,5% das ressonâncias magnéticas e a introdução de um conjunto de preços fechados em procedimentos cirúrgicos realizados em ambulatório.

À agência Lusa, o director-geral da ADSE afirmou ainda que os preços na saúde privada em Portugal são "claramente excessivos”, comparados com “as práticas internacionais” e tendo em conta “a capacidade financeira da população”, considerando que alguns vão ter de descer.

Fonte

Trabalhadores recebem 40% do salário. Governo começou a discutir revisão do regime com os sindicatos para evitar que as pessoas fiquem na inactividade indefinidamente.

 

Quando foi criado em 2013, a promessa era que o sistema de requalificação (a antiga mobilidade especial) seria uma situação passageira e permitiria que os funcionários públicos a mais nuns serviços pudessem resolver as carências de outros. Mas afinal, e tal como aconteceu com mecanismos semelhantes criados no passado, os 574 trabalhadores (oriundos de 11 ministérios diferentes) que estavam em requalificação no final de Abril, mantinham-se nessa situação em média há já seis anos.

Na prática, isto significa que alguns desses trabalhadores foram colocados na requalificação em 2010, durante a última legislatura de José Sócrates, e nunca conseguiram voltar a trabalhar no Estado de forma definitiva.

Os dados solicitados pelo PÚBLICO ao Ministério das Finanças revelam ainda que a remuneração dos funcionários que permanecem inactivos corresponde em média a 40% do salário que tinham no activo, não podendo ser inferior ao valor do salário mínimo (530 euros desde 1 de Janeiro) e tendo como tecto máximo os 838,4 euros.

O número de pessoas que passaram pela requalificação ou pela mobilidade especial chegou a ultrapassar os dois mil, mas entretanto foi-se reduzindo, sobretudo porque os trabalhadores se aposentaram ou rescindiram o contrato com o Estado. Fonte oficial Ministério das Finanças lembra que o actual Governo “tem feito sérios esforços” para reduzir os trabalhadores nessa situação, referindo-se a alguns dos 600 trabalhadores do Instituto de Segurança Social (ISS) dispensados entre Janeiro e Fevereiro pelo anterior executivo e que voltaram aos serviços por decisão do actual.

Os trabalhadores em requalificação têm um conjunto de deveres, mas também têm direitos, nomeadamente o acesso a formação, que lhes facilite a reintegração noutros serviços do Estado, e prioridade no acesso aos concursos lançados pelos serviços e organismos públicos.

Segundo fonte oficial das Finanças, entre 2013, quando a Direcção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas (o antigo INA) assumiu a função de entidade gestora da requalificação, e 2015, houve 803 trabalhadores a participar em acções de formação.

Questionado sobre o tipo de formação dada a estas pessoas, o Ministério das Finanças apenas adiantou que a “formação específica destes trabalhadores depende das carreiras que detêm”. As acções de requalificação são uma competência do INA, mas o Governo anterior tinha intenção de pedir  a colaboração dos centros de formação do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Isso não chegou a concretizar-se porque, justifica agora o ministério tutelado por Mário Centeno, “a formação dos centros do IEFP desenvolve-se de acordo com as regras do mercado de trabalho que são limitativas para os trabalhadores da administração pública”.

Outra das obrigações do INA é avaliar o perfil dos trabalhadores em requalificação sempre que abre um concurso no Estado ou sempre que os organismos contratam prestações de serviços. Nesse caso, são obrigados a pedir ao INA que verifique se não existem trabalhadores na requalificação que possam preencher os requisitos, que devem ser publicitados na Bolsa de Emprego Público. Contudo, e ao que o PÚBLICO apurou, no caso das prestações de serviço ainda não é possível colocar online o perfil para que os funcionários em requalificação possam candidatar-se espontaneamente. Apenas há a garantia de que o INA cruza o perfil das pessoas com os requisitos exigidos.

A requalificação foi criada pelo anterior Governo para substituir a mobilidade especial e destina-se aos trabalhadores que não têm lugar nos organismos que foram reestruturados ou que reduziram o quadro de pessoal. A grande diferença entre um e outro modelo é que na antiga mobilidade especial não se previa o despedimento dos trabalhadores e as compensações pagas eram mais generosas. O regime em vigor prevê que ao fim de um ano os trabalhadores admitidos depois de 2009 ou que nunca tiveram vínculo de nomeação sejam despedidos e, por isso, foi dada prioridade a estes funcionários na reintegração no ISS.

O actual Governo prometeu rever o sistema. O processo de negociação com os sindicatos teve início na semana passada. O objectivo, de acordo com o relato dos representantes dos trabalhadores, é manter sistema de mobilidade que irá privilegiar a formação profissional, permitindo aos funcionários excedentes mudar de função ou de carreira.

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