Após longa negociação
Decorreu, hoje sábado, entre as 9 e as 18h, no Ministério do P l a n e a m e n t o e d a s Infraestruturas, uma reunião c o m r e p r e s e n t a n t e s d o Governo, da IP e Sindicatos, finda a qual o governo e administração fugiram à possibilidade de se ter encontrado uma solução que evitasse a greve da próxima segunda feira.
Em resposta à nossa última proposta de um aumento intercalar de 20€ no primeiro semestre e 25€ no segundo, pago durante 14 meses, aceitando os Sindicatos, numa tentativa de acordo, que fosse feito fora da tabela, o governo e administração apresentaram, ao inicio da reunião uma proposta de aumento de 20€ todo ano (12 meses), para conforme discussão feita, a integrar a tabela salarial em Janeiro de 2019.
Em mais um esforço para a c o r d o o s S i n d i c a t o s , c o n tr a p r o p u s e r a m , 2 0 € durante 11 meses e 25€ no último mês, sendo este valor a integrar a tabela salarial em Janeiro próximo, mas pago durante 14 meses.
Aceitavam esta proposta, mas apenas para 12 meses e, a partir daqui, a diferença eram apenas dois meses, no que à questão do valor diz respeito.
NA PASSAGEM AO PAPEL SURGIRAM AS DIFICULDADES
Por fim os Sindicatos, ainda num novo esforço de evitar a greve transmitiram a aceitação da posição final do governo e administração, procurando que houvesse uma compensação não monetária pela diferença existente. Ao passar ao papel a discussão que estava efectuada, fomos confrontados com proposta de redacção pouco claras, nome adamente não se assumia sem sombra de dúvida o valor de 25€ a transitar para a tabela, não se assegurava a garantia da aplicação do futuro ACT aos trabalhadores com vínculos à função pública e, por fim, p a r a c o m p e n s a r o s trabalhadores da diferença, propuseram que estes passassem a ter mais uma d i s p e n s a ( e m v e z d e quadrimestral, passaria a trimestral), mas com perda de remuneração, o que neste ponto se tornou inaceitável.
Conclusão: Para este governo, quando é para responder a n e g ó c i o s p ri v a d o s c o m dinheiros públicos é aos milhões, mas para “investir” nos trabalhadores é aos tostões. Nas reuniões tidas para solucionar este diferendo e cancelar a greve agendada, a p o s i ç ã o d o g o v e r n o e daadministração foi a de remeter os aumentos salariais para 2019 via assinatura do ACT e RC, a serem negociados até final do ano, havendo até, em determinadas alturas, alguma desvalorização do propósito destas reuniões.
RESPOSTA É A LUTA
Assim, mantém-se a greve de dia 2 de Abril (segunda-feira) e, nesse dia , face aos acontecimentos desta última reunião, as organizações de trabalhadores irão realizar uma acção de protesto, às 11 horas, em frente à sede da empresa no Pragal.
O Governo e a administração estão a montar um serviço antigreve, mas iludir a opinião pública quanto à elevada adesão dos trabalhadores, mas segunda feira teremos greve a valer.
Neste momento, para além da luta pelo aumento salarial para todos, esta luta também tem que ser pela defesa da dignidade dos trabalhadores da IP, que estão a ser maltratados pelo governo e pela administração.
ASCEF - Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária * FECTRANS/SNTSF Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações/Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário * FENTCOP - Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Publicas * FNSTFPS - Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais * SINAFE - Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins * SINDEFER - Sindicato Nacional Democrático da Ferrovia * SINFA - Sindicato Nacional de Ferroviários e Afins * SINFB - Sindicato Independente Nacional dos Ferroviários * SINTAP - Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos * SIOFA – Sindicato Independente dos Operacionais Ferroviarios e Afins * SNAQ - Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos * STF - Sindicato dos Transportes Ferroviários
31 Março 2018