O Ministério das Finanças emitiu esta semana uma directiva onde exige contenção salarial nas empresas do Sector Empresarial do Estado, ou seja que não aumentem os seus trabalhadores, como o Estado também decidiu fazer com os funcionários públicos.
Os responsáveis da TAP, que já tinham decidido um aumento salarial de 1,8% consideram que a sua empresa não é abrangida por esta determinação. O certo é que a decisão final terá de vir do ministério liderado por Teixeira dos Santos, mas poderá haver uma excepção para a companhia aérea pelo facto de o acordo já ter assinado com seis dos sete sindicatos da empresa.
De fora só ficaram os pilotos por o seu sindicato, o SPAC, estar a renegociar o acordo de empresa, o que, à luz dos últimos acontecimentos, deverá significar que este ano aqueles profissionais ficarão sem aumentos. Mas a questão vai para além da TAP, uma vez que a lista das empresas do Estado é longa e inclui, entre outras, os Correios ou a Caixa Geral de Depósitos. A questão que se coloca, portanto, é saber se a regra deve ser aplicada de forma cega ou em função da ‘performance' de cada uma das empresas englobadas na lista das que são propriedade do Estado?