A Confederação Europeia dos Sindicatos (CES) organiza uma Jornada de Luta Europeia no dia 29 de Setembro, resultante de uma decisão do Comité Executivo da CES dos dias 1 e 2 de Junho. Será composta por uma Euro-manifestação em Bruxelas e por várias acções sindicais em diversos países europeus. Participarão na Euro-manifestação de Bruxelas cerca de cinquenta organizações sindicais que representam 30 países. São esperadas cerca de 100 000 pessoas nas ruas de Bruxelas. Os sindicatos europeus manifestar-se-ão contra as medidas de austeridade recentemente adoptadas por vários países europeus e para reivindicar novas políticas a favor do emprego de qualidade e do crescimento económico sustentável.
Os trabalhadores não devem ser os únicos a pagar pela irresponsabilidade especulativa de algumas instituições financeiras. Paralelamente à Euro-manifestação de Bruxelas, decorrerá uma greve geral em Espanha e vários movimentos de protesto serão organizados em Portugal, Itália, Letónia, Polónia, Chipre, Roménia, República Checa, Lituânia, Sérvia, França e Irlanda. A maioria dos esforços dos organizações sindicais recai sobre a Euro-manifestação em Bruxelas com uma forte representação das organizações belgas, mas também das delegações provenientes de França, Alemanha, Luxemburgo, Áustria, Finlândia, Grécia, Hungria, República Checa, Polónia, Portugal, Espanha, Roménia, Reino-Unido, Noruega, etc. As federações industriais europeias também participarão na Euro-manifestação.
John Monks, Secretário-Geral da CES, declarou: “No dia 29 de Setembro, manifestar-nos-emos para exprimir a nossa preocupação face ao contexto económico e social que será agravado pelas medidas de austeridade. Estamos especialmente preocupados com o desemprego e o aumento das desigualdades. Face à precariedade crescente, a prioridade deve ser concedida aos empregos de qualidade. Será esta a mensagem que transmitiremos ao Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso e ao Presidente em funções do Conselho da UE, Senhor Leterme, com os quais nos reuniremos no final da manifestação.”
PRIORIDADE AO EMPREGO E AO CRESCIMENTO
Euro-manifestação em Bruxelas
Dia Europeu de Acção organizado pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES)
29 de Setembro de 2010
Portugal - Exigem-se novas políticas
A situação económica e social é hoje mais grave, o desemprego atinge níveis insustentáveis e os sacrifícios exigidos afectam todos os cidadãos, incluindo os de menores rendimentos e os mais fragilizados. Num quadro de maior equilíbrio entre o combate ao défice e o desenvolvimento sustentado e mais justo, exigem-se medidas urgentes que contribuam de forma efectiva e imediata para um maior crescimento económico, para mais e melhor emprego e para o reforço da competitividade do País.Porque as medidas de austeridade podem conduzir a Europa a uma recessão e ainda a um maior desemprego.
A crise financeira mergulhou a Europa na pior situação desde os anos 30: 23 milhões de desempregados na Europa, milhões de cidadãos europeus em situação de vulnerabilidade e de insegurança e uma tensão social crescente por toda a Europa. Face a esta situação a única resposta que os Governos Europeus encontraram foi a adopção de medidas de austeridade que vão também afectar negativamente a solidariedade social e o crescimento.
Não provocámos esta crise. A conta terá que ser paga pelos bancos, não pelos trabalhadores/ trabalhadoras.Rejeitamos:
» Os planos de austeridade na Europa, os cortes nos salários e nas pensões;
» A precariedade e o desemprego para os trabalhadores jovens e os menos jovens;
» A desregulação das condições de trabalho e a regressão social;
» A pobreza e a exclusão social;
» O aumento das desigualdades sociais.
Porque queremos uma Europa Social com mais solidariedade para os cidadãos europeus, em especial os jovens, os reformados e as mulheres. Exigimos:
» O acesso a empregos de qualidade, a empregos estáveis e a uma melhor formação para todos;
» A garantia de salários dignos;
» Uma protecção social forte, garante de coesão social e de solidariedade;
» A protecção do poder de compra;» A garantia de melhores reformas;
» Serviços públicos e sociais de qualidade, acessíveis a todos/ todas.
Porque queremos um crescimento sustentável. Exigimos:
» A aplicação de um imposto sobre as transacções financeiras de forma a assegurar uma política de investimento público;
» O desenvolvimento de políticas sectoriais sustentáveis e dinâmicas assentes numa economia de baixo carbono;
» Uma maior coordenação e transparência fiscais, a fim de prevenir o “dumping social” na Europa
CONTRA A PRECARIEDADE E A DESREGULAÇÃO
SIM A UMA EUROPA COM EMPREGO, JUSTIÇA SOCIAL E SOLIDARIEDADE!
UGT participa na Manifestação Europeia em defesa do Emprego e do Crescimento
Uma numerosa delegação da UGT composta pelos sindicatos filiados e liderada pelo Secretário-Geral, João Proença, irá participar na manifestação europeia do próximo dia 29 de Setembro, em Bruxelas, convocada pela Confederação Europeia de Sindicatos (CES).
Os sindicatos vão mobilizar-se na luta contra uma crise financeira, pela qual não são responsáveis, mas cujas consequências estão a ter um preço muito elevado nas suas vidas, com o aumento do desemprego e das desigualdades sociais.
A UGT e os seus sindicatos juntam-se mais uma vez à CES exigindo aos Governos Europeus que tomem medidas urgentes que contribuam de forma efectiva para um maior Crescimento e mais e melhor Emprego.
Não podemos continuar a ter uma União Europeia que faz do combate aos défices a primeira de todas as prioridades e ignora os ataques especulativos contra Estados-Membros, em especial a Grécia, Espanha, Irlanda e Portugal.
A UGT manifesta a sua total solidariedade para com os trabalhadores gregos e espanhóis, vítimas de políticas restritivas que põem em causa a legislação laboral e os sistemas de segurança social e manifesta a sua inteira solidariedade à UGT-E e às CC.OO e respectivos sindicatos na greve geral declarada para 29 de Setembro.
Com esta manifestação em Bruxelas, os Sindicatos Europeus exigem:
- Uma Europa Social com mais solidariedade para os cidadãos europeus
A CES exige um acesso a empregos de qualidade, empregos estáveis e uma melhor formação para todos. A garantia de salários dignos. Uma
protecção social forte, como garante de coesão social e de solidariedade. A garantia de melhores reformas e de serviços públicos de qualidade acessíveis a todos.
- Um Crescimento Sustentável
A CES exige a aplicação de um imposto sobre as transacções financeiras de forma a assegurar uma política de investimento público. O desenvolvimento de políticas sectoriais sustentáveis e dinâmicas assentes numa economia de baixo carbono. E uma maior coordenação e transparência fiscais, a fim de prevenir o “dumping social” na Europa.
- Políticas Europeias que promovam o Crescimento e o Emprego
Precisamos de políticas europeias que vão contra uma austeridade que prejudica o Crescimento e o Emprego, considerando que é o crescimento a melhor via para combater os défices e promover a consolidação orçamental.