Há salários que vão ser revistos já em Fevereiro. Funcionários arriscam novo corte no salário líquido
Uma semana depois de aplicados os cortes salariais na Função Pública, o Governo reconhece que nem todos os serviços cumpriram as regras do Orçamento do Estado (OE) para 2011, o que está a gerar situações de injustiça relativa nos descontos para a reforma: funcionários com o mesmo vencimento base, mas com maiores suplementos, estão a descontar menos para a Caixa Geral de Aposentações (CGA). As correcções serão feitas já em Fevereiro.
A questão foi inicialmente detectada pelo Negócios no ministério de Isabel Alçada, mas os sindicatos garantem que se estende a outros sectores. O Negócios consultou dois recibos de vencimento de dois professores com o mesmo salário-base: 2.473,46 euros. Com uma diferença: um deles é também director de escola, recebendo por isso um suplemento de 750 euros, que não é alvo de desconto para a CGA. Em Dezembro, ambos descontavam o mesmo.
O OE determina, no entanto, que quanto maior é o salário do funcionário (incluindo suplementos) maior é o corte salarial. Em Janeiro, o director teve uma redução de 8,244%, enquanto o professor sofreu um corte de 5,893%. O director ficou, assim, com um vencimento base inferior ao do professor. Conclusão: o director continua a receber mais e pagar mais impostos do que o professor, mas passou a descontar menos para a ADSE e para a CGA, com efeitos negativos na reforma.
Url da notícia:
--------------
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=465619