Secretário de Estado da Administração Pública recusa que os cortes nos subsídios sejam uma medida para castigar os trabalhadores do Estado.
"Esta medida não tem qualquer aspecto especial relacionado com os funcionários públicos, eles merecem todo o respeito", frisou Hélder Rosalino.
O secretário de Estado defendia-se assim das críticas da oposição: do PS, que acusou o Governo de colocar trabalhadores do Estado contra trabalhadores do privado, e dos restantes partidos de esquerda, que falaram em "roubo" e "assalto" para caracterizar o corte salarial. Já Adão e Silva, do PSD, disse ter ficado surpreendido por o PS falar do corte "sem pedir desculpa ou fazer um meã culpa", porque a medida "é necessária para retirar o país da situação miserável em que o anterior governo socialista o colocou".
Recorde-se que está neste momento a decorrer a discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2012. O debate aqueceu quando se chegou aos artigos 18º e 19º do documento, que prevêem o corte do 13º e 14º meses para funcionários públicos e pensionistas.
Hélder Rosalino reconheceu que "este é um tema naturalmente controverso", mas sublinhou que é "central para o cumprimento do programa a que o país está vinculado".