Na Administração Central estão proibidas há mais de um ano, mas no primeiro semestre foram assinados mais de 14 mil novos contratos.
Apesar das admissões na Administração Central do Estado estarem proibidas há mais de um ano, os ministérios continuam a contratar. Segundo os resultados de um inquérito adicional para apurar, em concreto, as entradas e saídas da Administração Pública, no primeiro semestre, foram assinados 14.762 novos contratos, mais de metade no Ministério da Educação.
O questionário foi lançado em Setembro, por ordem do secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, com o objectivo de clarificar "as causas de variação do número de trabalhadores na Administração Central, em particular das novas entradas de trabalhadores e saídas definitivas", explica o Ministério das Finanças ao Diário Económico. O questionário, dirigido a todas as entidades da Administração Central, foi lançado "com vista à concretização dos objectivos definidos pelo Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal", adianta a fonte.
Recorde-se que na primeira versão do memorando assinado com a ‘troika' ficou estipulada uma meta de redução de pessoal no Estado de 1% ao ano até 2013. Porém, no Documento do Estratégia Orçamental, o Governo viu-se obrigado a duplicar a meta para os 2% ao ano, reconhecendo que a redução de trabalhadores no primeiro semestre de 2011 estava aquém das expectativas (inferior a 1%).