Trabalhar por menos dinheiro, ser menos generoso no subsídio de desemprego e acelerar as reformas estruturais. Estas são as principais recomendações de política económica feitas pela Comissão Europeia a Portugal.
A comissão europeia quer uma maior agressividade na redução dos custos laborais em Portugal. Segundo as recomendações de política económica feitas por Bruxelas, é preciso ir mais longe nas reformas estruturais. Na reunião com os deputados portugueses, a troika já tinha dado a entender que existe uma ligação entre o crescimento do desemprego e a rigidez dos salários.
Agora, a Comissão é clara na implementação de mais medidas no mercado laboral que reduzam os custos laborais. Lembra que o Orçamento para 2012 não inclui os "planos iniciais de desvalorização fiscal" - redução das contribuições dos empregadores para a Segurança Social através de um corte na Taxa Social Única - o que torna ainda mais urgente a "rápida adoção de reformas estruturais" no mercado laboral e mercado de produto. O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, reagiu mais tarde, dizendo que este relatório "não tomou em linha de conta algumas das reformas que foram implementadas nos últimos meses e que já estão no terreno".