A despesa com pessoal do Estado diminuiu 7,2 por cento nos primeiros cinco meses deste ano, uma redução que deverá ser ainda mais acentuada quando se sentir o efeito da suspensão dos subsídios férias e Natal.
Estes dados constam do boletim de execução orçamental hoje divulgado pela Direção-Geral do Orçamento (DGO). A redução de 7,2 por cento aponta para uma tendência crescente relativamente aos meses anteriores do ano - que deverá reforçar-se na parte final do ano.
A poupança nos gastos com o pessoal do Estado deverá aumentar, porque o corte no subsídio de férias só se refletirá nas contas a partir de junho, e no de Natal a partir de dezembro.
A quebra de 7,2 por cento nos gastos com pessoal equivale a uma redução de 272 milhões de euros.
Tal como com as remunerações da Função Pública, também o gasto com pensões da Segurança Social (que cresceu 4,2 por cento nos primeiros cinco meses de 2012) deverá atenuar-se no resto do ano devido ao impacto da suspensão dos subsídios.
Estas contas são apresentadas em contabilidade pública (ótica de caixa). Os números do défice considerados por Bruxelas para o procedimento de défices excessivos são calculados em contabilidade nacional (ótica de compromissos).