O líder da UGT recusa a necessidade de regulamentação lançada pelo presidente do Fórum para a Competitividade, Ferraz da Costa.
O líder da UGT, João Proença, fecha a porta a qualquer hipótese de rever a lei da greve, como foi hoje sugerido pelo presidente do Fórum para a Competitividade, Ferraz da Costa, em declarações à TSF.
Ao Diário Económico, João Proença garante que "não há margem" para essa revisão e que ignora qualquer proposta concreta para que esse processo seja aberto. Ferraz da Costa lançou a ideia a propósito do prolongamento da greve dos estivadores, depois de lembrar que há paralisações no sector público que são orquestradas e que têm custos muito elevados.
João Proença esteve esta manhã a ser ouvido na Comissão de Segurança Social e Trabalho a propósito do novo regime jurídico do trabalho portuário, onde lembrou que a greve no sector comporta "riscos" que podem colocar em causa dos postos de trabalho, referindo-se ao desvio de actividade portuária para Espanha ou para outros portos nacionais onde a paralisação não está a ocorrer. "Não sabemos até que ponto esses desvios serão permanentes", lembrou o secretário-geral da UGT.
Para o líder da central sindical, a situação que se vive em Sines e Leixões, que estão a suportar toda a actividade "é insustentável" e os seus trabalhadores "estão a operar no limite".
Lembrando que a UGT não tem "objecções de fundo" ao novo regime jurídico, que o Parlamento aprova amanhã na especialidade, Proença acredita que ela "não altera a relação permanente entre trabalhadores e as empresas", mas acrescenta que é preciso um "protocolo tripartido" que garanta que não há risco de emprego.