O inspector-geral de finanças defendeu hoje a necessidade de existir uma Administração Pública desligada dos ciclos políticos ao nível das direcções superiores e admitiu que não é possível fazer uma reforma do Estado sem consenso político, incluindo dentro dos próprios governos.
"Há hoje grandes dificuldades ao nível da continuidade das direcções superiores", disse José Leite Martins, que defendeu uma administração pública "desligada de ciclos políticos". "Tem de ser uma administração profissional", concluiu.
O inspector-geral de Finanças afirmou também que um "largo consenso político" é essencial para reformar o Estado "dentro do próprio governo". Leite Martins explicou que cabe ao ministro das finanças "providenciar pelo financiamento e recursos". "Há aqui às vezes aa alguma tensão entre despesa [que os ministros sectoriais querem fazer] e contenção da despesa", que é tarefa do ministro das Finanças.