O déficit orçamental na administração pública de Portugal atingiu 10,6% no primeiro trimestre do ano, sendo o pior resultado desde 2009.
Lisboa - O défice orçamental na administração pública de Portugal atingiu os 10,6% no primeiro trimestre do ano, sendo o pior resultado desde 2009.
De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais por Setor Institucional, divulgadas nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o défice das Administrações Públicas situou-se em 4.167,3 milhões de euros (4,1 bilhões) entre janeiro e março de 2013 (-10,6% do Produto Interno Bruto, PIB), enquanto que no mesmo trimestre de 2012, o valor nominal do défice era de -3.206,9, o equivalente a -7,9% do PIB.
Segundo o INE as despesas de capital foram influenciadas pela "contabilização do aumento de capital numa instituição financeira como a transferência de capital das Administrações Públicas em contas nacionais, no montante de 700 milhões de euros (1,8% do PIB)".
Na terça-feira, o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, disse na Assembleia da República que existia o risco de o INE reclassificar 700 milhões de euros gastos pelo Estado de injeção de capital em instituições financeiras, valor pago para a recapitalização do banco Banif, acordada no final do ano passado.
De acordo com o INE , além da operação de aumento de capital do Banif, também as prestações sociais pagas aumentaram, contribuindo para o aumento da despesa.
Por outro lado, o INE regista, da parte da receita, aumento dos impostos sobre o rendimento e património e quedas nos impostos sobre a produção e a importações, bem como nas receitas de capital.