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A formiga no carreiro

A manifestação deste sábado do movimento ‘Que Se Lixe a Troika’ marcou o início de várias semanas de contestação política ao Orçamento do Estado. Os sindicatos têm a principal fatia de uma agenda sobrecarregada de greves. CGTP e UGT concertaram-se para a unidade na luta. Em Lisboa, a face mais visível para os cidadãos será uma intensa lista de greves nos transportes, parte integrante de uma onda que varre o sector empresarial do Estado e a Função Pública. Já estão marcadas 13 paralisações, uma delas uma greve geral da Função Pública.


Nas ruas, a contestação começou ontem, numa marcha/manifestação do movimento ‘Que Se Lixe a Troika’ – que o ano passado foi responsável por uma demonstração de força em Lisboa que levou o Governo a recuar na Taxa Social Única (TSU).

Mas greves começam já na sexta-feira. Os CTT pararam 24 horas, contra a privatização da empresa. A quinzena de luta nos transportes arranca na próxima sexta: o metro de Lisboa está em greve até à meia-noite. Sobre carris, as greves continuam com uma sucessão de paragens que abrange o universo de empresas da Refer e CP.

A Refer, entidade responsável pela rede ferroviária, abre as hostilidades no dia 6 de Novembro. E as empresas Refer-Telecom, Refer-Património e Refer-Engenering acompanham essa greve de 24 horas. No dia anterior, é a manutenção do material ferroviário que estará em xeque, com uma acção de luta da EMEF, em moldes a definir.


A circulação de comboios continuará ameaçada no dia 7, agora com a greve de 24 horas da CP e da CP carga. Em Lisboa, as alternativas desse dia não passam pela Carris (greve das 9h30 às 15h30), nem pela Transtejo e Soflusa (greve de 3 horas por turno). E a paragem das duas empresas que fazem a travessia do Tejo, nos mesmos moldes, durará toda a semana de 3 a 9 de Novembro.


Aquecer para a greve geral

O dia 7 é o de todas as greves em transportes urbanos. A STCP, no Porto, para entre as 8h e as 16h. Um dia que é também de aquecimento, num sector fulcral, para testar o êxito da greve geral da função pública, marcada para 8 de Novembro.

Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum dos sindicatos do sector apelou à “luta dos trabalhadores”, pedindo uma grande adesão neste dia 8 de Novembro. A FNAM, federação de sindicatos dos médicos já manifestou adesão à greve. No dia 8, a maior parte dos professores e enfermeiros do país, além de todos os funcionários judiciais e trabalhadores dos impostos, estão abrangidos pela convocatória.


Todo este calendário de greves nos transportes e o dia de greve geral da Função Pública tem o apoio de ambas as centrais sindicais. “Estamos a trabalhar na perspectiva de alcançarmos os objectivos comuns”, diz o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.

As duas centrais sindicais farão ainda um esforço de concertação a nível europeu, na segunda semana de Novembro, para corresponder ao apelo da Confederação Europeia de Sindicatos (CES) 17 a 24 de novembro, para reclamar um “plano de investimentos” e criação de emprego de qualidade. A decisão da CES para uma semana de mobilizações de carácter diverso, como greves, manifestações ou concentrações, foi tomada esta semana.

No capítulo das manifestações há outra a assinalar: a dos sargentos, que no dia 12 vão protestar à porta do Parlamento contra “a desvalorização da condição militar” e contra os cortes orçamentais previstos.


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