Quase 60% dos trabalhadores saíram para a aposentação e 38% por caducidade do contrato de trabalho.
O número de funcionários públicos caiu 6% em Junho, face a Dezembro de 2011 e 4,7% em termos homólogos, revela o Boletim do Emprego Público (BOEP) publicado hoje pela Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).
Segundo o BOEP, o emprego nas administrações públicas, em Junho, situava-se nos 574.946 postos de trabalho, o que significa menos 36.855 funcionários face a Dezembro de 2011 e menos 28.222 comparando com o período homólogo (Junho de 2012).
Em de 2012 e no primeiro semestre de 2013, os principais motivos para a saída dos funcionários foram a reforma/aposentação (58,5%), seguido da caducidade do contrato ou extinção da relação de emprego (38%) e falecimento (3,5%).
A maior contribuição para a quebra do emprego no Estado deve-se à Educação (menos 13.768 trabalhadores face a Junho de 2012) devido ao peso que esta representa no total do emprego (acima de 40%).
Em cada 100 trabalhadores da população activa (empregados e desempregados) 10,07 trabalham numa entidade das administrações públicas.
A remuneração média era, em Abril deste ano, 1.405 euros brutos e o ganho médio (incluindo suplementos remuneratórios) de 1.597,5 euros brutos.
A idade média dos trabalhadores das administrações públicas em Junho era de 45 anos, tendo aumentado 0,7 anos face ao período homólogo. No entanto, não considerando as carreiras das Forças Armadas e de Segurança, a idade média dos trabalhadores civis das administrações públicas aumenta para 46,5 anos de idade.
Os médicos constituem a carreira que concentra maior número de trabalhadores no escalão etário dos 55 aos 64 anos (46,7%). Já as carreiras das Forças Armadas, polícia municipal, bombeiros e Forças Segurança são as que apresentam o maior número de trabalhadores com idades inferiores a 40 anos.
Quase metade (47,5%) dos trabalhadores do Estado possui habilitação de ensino superior, situando-se 28 pontos percentuais acima do mesmo indicador registado para toda a população activa.
A maior concentração geográfica de estabelecimentos de educação dos ensinos básico e secundário públicos situava-se, no final de Junho 2013, na região Norte onde se regista também, em média, o maior número de docentes por estabelecimento (151,6), revela o BOEP.
Já na área da saúde, segundo o BOEP, o rácio do pessoal por mil residentes é relativamente uniforme no continente, variando entre 6,4 (no Alentejo) e 7,6 (em Lisboa) trabalhadores das carreiras da saúde por mil residentes. Nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira este indicador regista um valor acima dos 9 trabalhadores das carreiras da saúde por mil residentes.