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A formiga no carreiro

A remuneração base média dos funcionários públicos estava nos 1.534,8 euros, em julho. Tal valor representa um aumento de 2,9% face ao período homólogo.

O salário médio dos funcionários públicos voltou a subir, no terceiro trimestre, por efeito do descongelamento das carreiras e à boleia do aumento da remuneração mais baixa praticada no Estado. De acordo com a Síntese Estatística do Emprego Público, em julho, a remuneração base média mensal e o ganho médio mensal nas Administrações Públicas engordaram mais de 2% face ao mesmo mês de 2019. Isto numa altura em que também o número de funcionários públicos cresceu, em comparação com o período homólogo.

Em julho de 2020, o valor da remuneração base média mensal dos trabalhadores a tempo completo no setor das administrações públicas situava-se em cerca de 1.534,8 euros“, explica a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP). Tal valor representa uma subida de 0,1% face a abril deste ano e um salto de 2,9% face a julho de 2019.

Tanto no que diz respeito à remuneração base como ao ganho mensal, é na Administração Central que os trabalhadores ganham salários mais robustos. Por outro lado, é na Administração Local que se praticam remunerações mais modestas.

A Síntese Estatística nota, além disso, que o terceiro trimestre foi sinónimo de um aumento do número de funcionários públicos, em termos homólogos. “A 30 de setembro de 2020, o emprego no setor das Administrações Públicas situou-se em 700.477 postos de trabalho, assinalando um aumento de 1.841 postos de trabalho, face a 31 de dezembro de 2019″, explica a DGAEP.

Em causa está um salto de 1,6%, em termos homólogos, explicado sobretudo pelo reforço dos meios do Sistema Nacional de Saúde e dos estabelecimentos de ensino básico e secundário.

A DGAEP detalha: “Entre as carreiras que mais contribuíram para esse aumento salientam-se, nas EPE do SNS, as carreiras de assistente operacional (+1.980), enfermeiro (+1.907) e técnico de diagnóstico e terapêutica (+407) e nos estabelecimentos de educação e ensino básico e superior, os educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário (+1.464), bem como os assistentes operacionais (+1.201)”.

Já na comparação em cadeia, o emprego público recuou 0,7%, ou seja, perderam-se 4.634 postos de trabalho, “em resultado particularmente da quebra do emprego da Administração Central. As áreas governativas da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior foram as que mais contribuíram para a quebra de emprego (-5.660 postos de trabalho, no seu conjunto) refletindo a atividade de mudança de ano letivo com os processos de colocação dos docentes contratados nos estabelecimentos de ensino superior e de ensino básico e secundário e dos técnicos superiores para as atividades de enriquecimento curricular, no ensino básico e secundário, ainda a decorrer no final do 3º trimestre”, é esclarecido.

Fonte ECO

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