Nos primeiros nove meses deste ano as contas públicas lusas acusaram um saldo negativo de 3,99 mil milhões de euros, abaixo dos 5,41 mil milhões de défice no mesmo período de 2013. O Estado português conseguiu cobrar mais receita de IRS, de IVA e de impostos sobre veículos e sobre o tabaco.
O Estado português fechou os primeiros nove meses do ano com um saldo negativo de 3,99 mil milhões de euros nas contas da Administração Pública, desempenho que se traduziu numa melhoria de 26% face ao défice de 5,41 mil milhões de euros em igual período do ano passado.
Para esta redução do défice orçamental do Estado, o Govern português beneficiou, no período de janeiro a setembro, de uma subida da arrecadação de receita, que subiu 3,9%, de 48,74 mil milhões de euros em 2013 para 50,66 mil milhões de euros em 2014.
Dentro das rubricas da receita, destaque para o crescimento da receita com IRS (imposto sobre os rendimentos singulares, das famílias), o que, segundo o Governo, traduz "a melhoria das condições do mercado de trabalho e o resultado das medidas de combate à fraude e evasão fiscal". A receita com IRS (que incide sobre os lucros das empresas) caiu 2,5% até setembro.
Ainda dentro da receita, o Estado português arrecadou mais com o IVA (imposto sobre o consumo) e com os impostos sobre veículos e sobre o tabaco.
Já a despesa teve um aumento de 2,6%, de 53,32 mil milhões de euros até setembro de 2013 para 54,72 mil milhões de euros em igual período de 2014, de acordo com a síntese de execução da Direcção-Geral do Orçamento (DGO).
O Estado português registou um crescimento de 10% nas despesas com o pessoal, aumento influenciado pelo desfasamento temporal no pagamento do subsídio de férias aos funcionários públicos, além do pagamento de compensações pela rescisão com trabalhadores do Estado.
Por outro lado, a despesa pública beneficiou de uma redução significativa nos encargos com subsídios, nomeadamente os apoios à formação profissional, informou a DGO.