Estudo de Avaliação de Riscos Psicossociais na Administração Pública
"Os riscos psicossociais constituem, actualmente, uma das maiores ameaças à Saúde Física e Mental dos trabalhadores, ao bom funcionamento e produtividades das organizações (sejam elas públicas ou privadas). Correspondem aos aspectos da organização e da gestão do trabalho, dos contextos sociais e ambientais relativos ao trabalho que têm potenciais efeitos negativos do ponto de vista psicossocial. (...)
Dentre estes riscos, em termos gerais, é possível enumerar o stresse ocupacional, o assédio (moral e sexual), a violência no trabalho, a síndrome de burnout, a adição ao trabalho, a fadiga e carga mental no trabalho, assim como o trabalho emocional. (...)
Actualmente, ganham particular relevância os riscos psicossociais associados à ausência de fronteiras entre o trabalho e o lazer, assim como a dificuldade em equilibrar a vida pessoal, familiar e profissional."
[Ordem dos Psicólogos Portugueses (2020)]. Prosperidade e Sustentabilidade das Organizações. Relatório do Custo do Stresse e dos Problemas de Saúde Psicológica no Trabalho, em Portugal. Lisboa)
Sendo esta uma realidade global, também a Administração Pública terá como desafios o reconhecimento do problema, a sua avaliação e, ainda, a decisão e identificação das estratégias e soluções para lidar com a realidade encontrada.
A DGAEP, em parceria com a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), está a realizar um Estudo de Avaliação de Riscos Psicossociais na Administração Pública Central, com a colaboração de 77 entidades parceiras, abrangendo as diferentes áreas governativas.
O objetivo global deste Estudo é ter uma perspetiva dos riscos psicossociais na Administração Pública e contribuir para a definição e implementação de políticas públicas que respondam aos riscos identificados e que promovam o bem-estar no trabalho.
Paralelamente, para cada entidade parceira, a participação neste Estudo resulta desde logo no compromisso do serviço com o bem estar dos seus trabalhadores, procurando conhecer de uma forma direta, ainda que anonimizada, os riscos psicossociais existentes na organização para melhor poder responder às necessidades de segurança, saúde e bem estar dos seus trabalhadores