Um funcionário público que tenha passado a auferir mensalmente 693,13 euros perde 18,43 em liquidez, devido a retenção na fonte inerente ao IRS, apesar de o salário ilíquido ter aumentado uma dezena de euros.
O paradoxo, que se prende tão-só com o impacto da retenção na fonte, consta de uma simulação feita pela consultora Deloitte.
Os salários de 693,13 euros – abrangendo, por exemplo, uma das posições do quinto nível remuneratório dos assistentes operacionais e alguns assistentes técnicos – beneficiaram da subida de 10 euros, sendo o aumento dos vencimentos acima de 700 euros de 0,30 por cento (30 cêntimos em cada 100 euros).
Um dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) disse a NOTÍCIAS de COIMBRA que a paradoxal situação pode abranger pessoal cujo salário ilíquido é superior a 700 euros na medida em que o parco aumento, em função de diversos níveis e posições remuneratórias, pode acarretar mudança do escalão do IRS.
A avaliar pela simulação da Deloitte, quem beneficia da subida de 635,07 para 645,07 euros continua sem retenção na fonte.