As ministras para a Modernização Administrativa, Alexandra Leitão, e do Trabalho, Ana Mendes Godinho, lançaram hoje o programa que permite que quase 70 mil funcionários públicos, cujas funções podem ser exercidas em regime de teletrabalho de forma estrutural, possam optar por esse regime.
O plano prevê ainda a possibilidade da função pública se deslocar para o interior, “seja através da mobilidade ou do teletrabalho”. Em troca os trabalhadores do Estado recebem um bónus de 105 euros por mês, durante três anos.
O protocolo foi hoje assinado pelo Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública (MMEAP) com a Rede Nacional de Espaços de Teletrabalho ou Co-Working no Interior, que permitirá aos trabalhadores em causa escolher trabalhar a partir dos espaços disponibilizados em 88 municípios.
Como explica o jornal ‘Público’, “os espaços de teletrabalho e coworking são disponibilizados pelas autarquias e estão devidamente equipados com computadores, impressoras e acesso à internet, sendo divididos em áreas de diferentes tipologias que contemplam zonas privadas para videochamadas, áreas para reuniões e locais para a realização de apresentações ou ações de formação”.
Durante a inauguração do plano, Alexandra Leitão salientou a importância de “um Estado forte, que somos todos nós, mas também composto por uma administração central e local. Precisamos de todos e todos têm correspondido”.
Até ao momento, segundo Ana Mendes Godinho, dos funcionários públicos que aderiram a este programa, “63% saíram de Lisboa para a região Centro, 20% da capital para o Alentejo e o restante da mesma zona para o Norte”. “Temos aqui uma oportunidade, para um pacote chave na mão, que é uma oportunidade para que os jovens, portugueses ou estrangeiros, se possam fixar no interior”.