As organizações de trabalhadores da Infraestruturas de Portugal decidiram fazer, em 25 de outubro, um cordão humano entre o Ministério do Planeamento e Infraestruturas e a residência oficial do primeiro-ministro e manter a greve já anunciada.
Sobre a reunião realizada esta segunda-feira em Lisboa, o coordenador do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), José Manuel Oliveira, disse à agência Lusa que foi decidido "manter a greve para o dia 31 de outubro e fazer a 25 de outubro uma ação intermédia, um cordão humano entre o Ministério do Planeamento e das Infraestruturas e a residência oficial do primeiro-ministro [António Costa]".
Em 10 de outubro, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS) informou que a greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP), que estava marcada para 12 de outubro, tinha sido adiada para 31 de outubro.
E prosseguiu: "Na sequência da reunião de hoje [10 de outubro] e face à posição fechada do Governo/Administração da IP, as organizações sindicais decidiram reformular as formas de luta em curso, começando pelo adiamento da greve marcada para a próxima sexta-feira [12 de outubro], para o próximo dia 31 de outubro, nos mesmos moldes".
A federação informou então que se realizaria esta segunda-feira uma reunião dos sindicatos para analisar "a organização da greve de dia 31 de outubro e outras ações", para "intensificar a luta em defesa da negociação de um acordo coletivo de trabalho e um regulamento de carreiras".
O tribunal arbitral tinha decidido que a greve marcada para 12 de outubro não iria ter serviços mínimos, além dos obrigatórios por lei.
Em 08 de outubro, a CP alertava para as "fortes perturbações" na circulação de comboios devido ao protesto dos trabalhadores.
"Por motivo de greve convocada por organizações sindicais da IP [gestor da infraestrutura ferroviária], a CP informa que se preveem supressões em todos os serviços no dia 12 de outubro", dizia a empresa em comunicado.
Os sindicatos que convocaram a greve exigem "respostas às propostas sindicais tanto da parte da empresa como do Governo" em relação à negociação do acordo coletivo, disse então à Lusa José Manuel Oliveira.
"A empresa e o Governo pretendem fazer uma negociação sem a valorização salarial e profissional dos trabalhadores", afirmou o dirigente sindical, lembrando que "há uma grande distância" entre as posições dos sindicatos e da IP para que seja possível um acordo.