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A formiga no carreiro

Dados avançados pelo Governo revelam que os aumentos salariais para os trabalhadores da Função Pública vão custar 95 milhões de euros.

Depois de várias reuniões com os sindicatos que representam os trabalhadores da Administração Pública (AP), na quarta-feira foi apresentada a proposta final do Governo, que vai custar aos cofres do Estado 95 milhões de euros, de acordo com os cálculos do Executivo de António Costa. 

Este valor inclui já os aumentos de 0,3% para a generalidade dos trabalhadores, bem como o de 10 euros para os salários mais baixos da Função Pública - proposta esta que foi apresentada aos sindicatos na quarta-feira

"O impacto orçamental que decorre das valorizações salariais é de 95 milhões de euros, o que inclui as atualizações de 0,3% e o reforço de 10 euros dos salários mais baixos, representando este reforço um aumento de 1,5% nos salários dos cerca de 150 mil trabalhadores abrangidos apenas por esta via", pode ler-se num comunicado do gabinete da ministra da Modernização do Estado e da Administração Publica, Alexandra Leitão. 

Ainda assim, os sindicatos não ficaram satisfeitos com a proposta do Governo - que, na prática, é mais três euros do que a proposta anterior. O Governo "lamenta que não tenha sido possível, nesta fase chegar a acordo com os sindicatos sobre matéria salarial, mas manifesta a convicção e o empenho que tal será possível no quadro da negociação do programa plurianual sobre um outro conjunto de matérias", pode ler-se no mesmo comunicado. 

Aumentos serão em linha com a inflação

A ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública disse na quarta-feira que, durante a atual legislatura, todos os funcionários públicos vão ter aumentos salariais anuais em linha com a inflação verificada em dezembro do ano anterior.

"Haverá sempre um aumento em linha com a inflação verificada em dezembro para todos os anos e para todos os trabalhadores", acrescentou Alexandra Leitão, lembrando que o Governo já tinha anunciado que, em 2021, o aumento será de pelo menos 1%, mesmo que a inflação seja inferior.

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