Há três anos que o número total de recrutados a prazo nas administrações públicas está a aumentar e 2021 não foi exceção, tendo sido atingido um novo recorde de cerca de 91 mil precários, avança o ‘Diário de Notícias’ (DN).
Segundo a mesma publicação, que cita dados da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), no final de dezembro do ano passado, havia um total de 90.910 contratos a prazo no conjunto das administrações públicas, mais 1184 ou 1,3% do que em 2020.
Este é o número mais elevado desde que há registos do total de precários do setor público, num aumento que se verifica já pelo terceiro ano consecutivo, desde 2019, depois dos dois anos anteriores terem sido de descida.
o ‘DN’ adianta ainda que nove em cada dez contratados a termo estão na Administração Central, com os setores da saúde, educação, ensino superior, ciência e tecnologia a concentrar o maior número: 70.859.
Contudo, foi mesmo nas áreas do ensino superior, ciência e tecnologia, que se verificou a maior subida em 2021, somando em dezembro mais 1675 vínculos precários face ao ano anterior (10,8%).
Por outro lado, na saúde desceu o número de precários, havendo menos 237 recrutados a prazo no final do ano, (-1,1%). Tendência semelhante é observada na educação, com um decréscimo de 1,5%, menos 507 contratos a termo.
Concretamente sobre as áreas do Estado que mais engrossaram o emprego público, o jornal menciona os hospitais do Serviço Nacional de Saúde, que contam agora com mais 3156 trabalhadores, bem como, as escolas do ensino básico e secundário, com mais 2337 funcionários.
Já no que diz respeito ao tipo de carreira, os técnicos superiores foram o grupo que mais cresceu na função pública (mais 2107), seguido dos assistentes operacionais (mais 1883), enfermeiros (mais 1242) e médicos (898).