Sindicatos da Função Pública foram chamados para duas reuniões com o Governo, não sendo certo ainda que assuntos serão abordados.
Os sindicatos que representam os funcionários públicos vão voltar à mesa de negociações com o Governo, na quarta-feira e no dia 15, foi anunciado esta segunda-feira pela Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), pela Frente Comum e pelo Sindicato dos Quadros Técnicos (STE).
O secretário-geral da Fesap, José Abraão, disse à agência Lusa que as duas reuniões de negociação coletiva foram marcadas pelo gabinete do secretário de Estado da Administração Pública em resposta ao pedido que a federação fez na semana passada. Na convocatória para duas reuniões, o Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, admitindo que os sindicatos venham a requerer a reunião de negociação suplementar, propôs que a mesma se realize no dia 17.
A Federação de Sindicatos da Administração Pública, filiada na UGT, anunciou no início da semana passada que ia desconvocar a greve marcada para 12 de novembro e que tinha pedido ao Governo uma reunião para esclarecer o futuro do aumento do salário mínimo nacional.
O Secretariado Nacional da federação decidiu desmarcar a greve após ter analisado a situação política face ao chumbo parlamentar da Proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2022. A greve tinha sido anunciada há cerca de duas semanas pela Fesap, que fez coincidir o protesto com a paralisação nacional já marcada pela Frente Comum, da CGTP.
A Fesap, segundo José Abraão, decidiu a suspensão de todas as ações de protesto previstas até ao dia 25 de novembro, data em que seria aprovado, em votação final global, o Orçamento do Estado.
Já Sebastião Santana, da Frente Comum, acrescentou que a convocatório não revela qual será a ordem dos trabalhos e esclareceu que a greve convocada por esta estrutura para dia 12 mantém-se. “Vamos manter a greve. Entendemos que há um conjunto de problemas que precisam de resposta e a marcação desta reunião confirma que o Governo existe“, atirou o sindicalista.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já anunciou a realização de eleições legislativas antecipadas em 30 de janeiro de 2022.